Caso Fabrizzio: TJ suspende júri de acusado de mandar matar fiscal
O julgamento foi suspenso nesta terça-feira (27), na véspera da sessão.
O TJ-PR (Tribunal de Justiça do Estado do Paraná) suspendeu o júri popular do empresário Onildo Chaves de Córdova II, acusado de ser o mandante da morte do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado da Silva. O julgamento foi suspenso nesta terça-feira (27), na véspera da sessão.
Conforme a decisão judicial, um mandado de segurança que pede a reabilitação de dois advogados do réu no processo, Claudio Dalledone Junior e Renan Pacheco Canto, será analisado antes da realização do júri.
Durante julgamento, no final do mês passado, a acusação pediu que um dos advogados de Onildo Chaves deixasse o plenário. O pedido foi acolhido pelo juiz Thiago Flores de Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, e a defesa decidiu abandonar a sessão.
O magistrado determinou que a Defensoria Pública assumisse o caso, para que não houvesse novo abandono dos advogados do empresário. O órgão, no entanto, recorreu da decisão, ao avaliar que o réu possuía representantes constituídos e o Tribunal de Justiça suspendeu o júri.
Uma nova data para o júri popular será marcada. Na última semana, a Justiça já havia mandado soltar Onildo Chaves de Córdova II. O alvará de soltura foi cumprido no último dia 23, data em que o empresário deixou o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Relembre o caso Fabrizzio
Fabrizzio Machado da Silva foi morto a tiros quando chegava em casa, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, na noite do dia 23 de março de 2017.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a morte do fiscal, que era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC), foi encomendada por Onildo Chaves de Córdova II, empresário do ramo de postos de combustíveis. Ele tinha 34 anos.
O assassinato teria motivação com a atividade de fiscalização, ainda conforme a denúncia e a investigação conduzida pela Polícia Civil.
Dois dias após o a execução, que teve ampla repercussão nacional, a polícia deflagrou a Operação Pane Seca, que fechou nove postos de combustíveis em Curitiba e Região Metropolitana.
Conforme a acusação, o empresário seria dono de quatro postos de combustíveis e encomendou o assassinato por vingança, devido às fiscalizações promovidas em estabelecimentos da Capital.
Com informações da BandNews Curitiba.