Bloqueios ilegais são encerrados nas rodovias do Paraná
Os últimos pontos de manifestações antidemocráticas nas estradas paranaenses foram desmobilizados no início da noite desta quinta.
Os bloqueios ilegais foram encerrados nas rodovias do Paraná. Os últimos pontos de manifestação foram nas estradas federais e estaduais do estado foram desmobilizados no início da noite desta quinta-feira (3).
Os protestos de cunho golpista contrariavam decisões judiciais e a própria constituição brasileira, privando os cidadãos do direito de ir e vir. As manifestações duraram cinco dias e tiveram início na noite do último domingo (30), logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e a consequente derrota do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Os bloqueios ilegais foram organizados por manifestantes e caminhoneiros bolsonaristas.
Apenas nas estradas do estado administradas pelo Governo do Paraná, mais de 200 pontos de bloqueios foram encerrados pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e pela Polícia Militar.
“O trabalho foi feito de forma responsável, com uso proporcional e progressivo dos meios de coerção. Todos os bloqueios foram liberados sem necessidade do uso da força. A decisão judicial foi absolutamente cumprida no Paraná”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.
A PM atuou em apoio ao efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com 4,5 mil policiais e 1,5 mil viaturas.
Nas estradas federais que cortam o estado, o último ponto de interdição também foi liberado no início da noite de ontem (31). Ele ocorria na BR-376 em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e havia sido feito pela própria PRF, como medida de segurança para evitar a formação de filas na região da Serra do Mar, devido à uma manifestação que interditava totalmente o km 6 da BR-101 em Garuva (SC).
Atos antidemocráticos nas rodovias geraram transtornos em todo o país
Rodovias federais e estaduais em todo o país foram alvo de manifestações ilegais a partir da noite do domingo (30), após o resultado democrático das eleições confirmar a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Contrários à escolha da maioria dos eleitores brasileiros, apoiadores do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), começaram os protestos.
O processo de liberação das rodovias foi intensificado na terça-feira (1º), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pela decisão de Moraes, a PRF e as policias militares estaduais deveriam cumprir a determinação e desobstruir rodovias e vias públicas que estejam ilicitamente com o trânsito interrompido. A medida estipula multa de R$ 100 mil ao diretor-geral da PRF e de R$ 100 mil por hora para donos de caminhões que estejam sendo usados em bloqueios, obstruções ou interrupções, em caso de descumprimento da medida.
Só no Paraná, centenas de pontos de bloqueio foram registrados nas estradas federais e estaduais do estado.
Diante da situação caótica no país, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, na noite desta quarta-feira (2), que seus apoiadores liberassem as rodovias.
A PMPR (Polícia Militar do Paraná) informou que “cumpriu integralmente” a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de desbloquear rodovias no Paraná. Durante o processo de liberação das pistas, um vídeo que teve ampla repercussão nas redes sociais mostra que o comandante geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, admitiu que “estava prevaricando” ao permitir um bloqueio parcial de uma rodovia.
