Temperatura na Bacia do Rio Tibagi aumentou, aponta pesquisa

Uma pesquisa desenvolvida pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) apontou que a Bacia do Rio Tibagi sofreu aumento de 2,5ºC de temperatura. O estudo quer analisar a intensidade das chuvas, estimar o volume de reservas subterrâneas e verificar o efeito das mudanças climáticas e recursos hídricos da bacia.

Segundo a engenheira agrônoma e geógrafa Ana Karlla Penna Rocha, dona da tese de doutorado, nesta fase da pesquisa já é possível afirmar que Primeiro de Maio, Assaí e Londrina (municípios compreendidos no Baixo Tibagi) sofrem os efeitos da chamada evapotranspiração (demanda atmosférica por água). Ou seja, setores como a agricultura precisarão de suprimento de água de forma crescente, caso contrário, sofrerão com maior rigor os efeitos das secas, com redução no rendimento da atividade agrícola.

O estudo demonstrou que a temperatura em toda a área da bacia aumentou, entre 1976 e 2021, quase 2,5 ºC. Segundo a pesquisadora, o destaque fica para a região do Baixo Tibagi, no norte do Paraná. “Como é uma elevação acentuada em poucos anos, com certeza é um resultado que está ligado às mudanças climáticas. A principal tese é a emissão de gases do efeito estufa, utilizados na queima de petróleo. Isso, de uma forma geral, afeta o clima do planeta, mas também do ponto de vista regional e local.”

A UEL tem grande tradição em estudos sobre o Tibagi, envolvendo pesquisadores de várias áreas que se dedicam a verificar desde qualidade de água, impactos ambientais, bem como a fauna e flora existente. A importância de estudos nessa área está relacionada às dimensões espaciais.

A bacia tem aproximadamente 25 mil km² de área de drenagem e representa cerca de 13% do território do Paraná, onde se desenvolvem atividades como agricultura, pecuária, mineração e aquicultura. A região se localiza na porção Centro-Leste do estado, envolvendo 49 municípios, onde moram 2,1 milhões de habitantes, de acordo com os dados do IBGE (2022).

*Com informações da Tarobá News.