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Advogado que teria encomendado a morte da ex-mulher vira réu por feminicídio

Advogado que teria encomendado a morte da ex-mulher vira réu por feminicídio

O advogado Wagner Oganauskas e o amigo dele, Marcos Antônio Ramon, viraram réus no processo sobre a morte da diarista An..

Weslley Neto - UOL/Folhapress - quinta-feira, 22 de julho de 2021 - 08:56

O advogado Wagner Oganauskas e o amigo dele, Marcos Antônio Ramon, viraram réus no processo sobre a morte da diarista Ana Paula Campestrini, no dia 22 de junho, no bairro Santa Cândida, em Curitiba.

Nesta quarta-feira (21), a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, aceitou a denúncia do MP-PR (Ministério Público do Paraná).

A partir de agora, os dois acusados responderão pelo crime de homicídio triplamente qualificado por ter sido cometido mediante pagamento de recompensa, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.

A juíza também decretou a prisão preventiva dos acusados, por tempo indeterminado. Marcos Ramon e um funcionário dele, que não foi preso, também se tornaram réus por fraude processual, pois, segundo o Ministério Público, eles apagaram mensagens de celular após o crime.

CASO ANA PAULA CAMPESTRINI

Ana Paula Campestrini, de 39 anos, foi morta quando chegava em casa, com vários tiros, após ser seguida por um motociclista. Imagens de câmeras de segurança registraram todo o percurso em que ela foi seguida.

Durante as investigações, a Polícia Civil apontou que a vítima foi atraída para uma emboscada, ao ser chamada no clube onde o ex-marido era presidente para fazer a carteirinha e acompanhar os filhos.

Ana Campestrini moveu vários processos na justiça, contra Wagner Oganauskas, para divisão de bens e ter a guarda compartilhada dos três filhos do casal. Ainda segundo a denúncia, o ex-marido também não aceitava o fim do casamento pela vítima ter assumido ser homossexual.

De acordo com a Polícia Civil, Wagner pagou R$ 38 mil para que Marcos Ramon cometesse o crime. A moto utilizada no assassinato foi encontrada na última semana, pela Polícia Civil e estava enterrada em um terreno na Região Metropolitana de Curitiba.

A defesa de Wagner Oganauskas e Marcos Ramon informou que os dois permanecem à disposição da justiça.

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