Ratinho Junior evita se colocar como protagonista em corrida pela Presidência
Governador do Paraná registra crescimento constante nas intenções de voto.
Um dos possíveis quadros para a corrida eleitoral pela presidência do Brasil nas eleições em 2026, o governador Ratinho Junior (PSD), do Paraná, ainda evita se apresentar como um candidato protagonista e fala que há “ambiente para a construção” de atores que vem se destacando.
“Minha obrigação é fazer parte de um projeto que aponte o futuro para o Brasil. Se eu vou ser protagonista, ou não, para mim não interessa. Temos que montar um time que possa dar um rumo para o país”, afirmou em entrevista ao programa Pânico, na última sexta-feira (24).
A participação aconteceu no dia em que foi divulgada pesquisa do Paraná Pesquisas em que aponta o crescimento constante do governador do Paraná. Realizado entre dias 27 de abril e 1º de maio, o estudo mostra Ratinho Junior com o maior patamar já registrado.
Com Jair Bolsonaro de fora da disputa por estar inelegível, a disputa eleitoral com Ratinho sendo o nome de oposição ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva é promissor para o governador do Paraná.
Em um cenário sem Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ratinho Junior aparece com 17,6% das intenções de votos, enquanto Lula fica com 36,3%. Contudo, Ratinho ficou em vantagem com relação aos nomes de Ciro Gomes (PDT), que marcou 13,8%, e do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), que teve 4,9%.
No segundo mandato e aos 43 anos, Ratinho teve percentual de 14,6% em março deste ano e 12,8% em outubro do ano passado. Além disso, o governador ainda tem avaliação em 79% de aprovação.
Nesse contexto, Ratinho Junior destacou, na entrevista ao Pânico, os números positivos do Estado. O Paraná chegou ao primeiro lugar do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ampliou as escolas cívico militares, registra o menor índice de criminalidade dos últimos 10 anos e tem o maior número de trabalhadores com carteira assinada da história.
ELOGIO A POSSÍVEIS RIVAIS
Ratinho Junior também fez questão de elogiar eventuais rivais na disputa, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e colegas governadores. Apesar de Ratinho ter citado chefes do Executivo do centro-oeste e o gaúcho Eduardo Leite, as pesquisas apontam destaque para Tarcísio e Romeu Zema, de Minas Gerais.
“Tem uma safra muito boa de governadores. Claro que puxo a sardinha também por estar governador. O Zema também é um baita quadro, gosto muito. O Tarcísio realmente é a pessoa que tem visibilidade muito boa, foi um bom ministro e está fazendo um bom governo também. É uma figura nacional e tem uma ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro muito forte. Então acaba tendo uma vantagem grande. A Michelle Bolsonaro é uma pessoa popular, conhecida no Brasil e tem um carisma próprio dela. O quadro é isso mesmo”, avaliou.
MUDANÇA NA CULTURA DA POLÍTICA É NECESSÁRIA, DIZ RATINHO JUNIOR
O governador do Paraná enxerga a necessidade de mudanças no cenário político. A principal delas é o planejamento, em que os políticos passem a planejar o futuro da sociedade mesmo após o período do próprio mandato.
“Tenho 43 anos. Nossa geração no Brasil está sendo governada há 40 anos pela geração da década de 50 e 60, no máximo. Fizeram a sua parte, muito obrigado. Agora eu acho que a nossa geração tem a obrigação de liderar o país. Uma nova geração, uma nova política, uma nova cabeça. Quando falo nova, não é de idade. É de tese, caráter, projeto, planejamento. Temos que mudar uma cultura política no Brasil que não existia até pouco tempo atrás que é cultura do planejamento”, avaliou.
Ratinho Junior ainda deu exemplo que a China planeja como vão cuidar dos idosos em 2050.
“Aqui o cara se elege, fica quatro anos, vou fazer a minha parte e o próximo que vier que se vire”, completou.
