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PF interrogou e prendeu 1.159 pessoas por vandalismo em Brasília

PF interrogou e prendeu 1.159 pessoas por vandalismo em Brasília

Os detidos vão responder por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição e incitação ao crime.

Redação - quinta-feira, 12 de janeiro de 2023 - 07:55

A Polícia Federal interrogou e prendeu 1.159 pessoas pelos atos golpistas que aconteceram em Brasília no domingo (8). Os dados foram atualizados pela PF na noite desta quarta-feira (11).

Os presos tiveram participação na depredação e vandalismo aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto

Essas prisões se somam a 209 efetuadas pelas polícias Militar e Civil do Distrito Federal no próprio domingo.

Conforme a PF, os presos vão responder, na medida de suas responsabilidades, por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros. 

Todos foram entregues para a Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pelo encaminhamento ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional

Outras 684 pessoas foram detidas – são idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e pais/mães acompanhados de crianças. Eles também foram identificados e responderão em liberdade. 

No total, 1.843 pessoas foram conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal para a Academia Nacional de Polícia, onde todos foram identificados pela Polícia Federal.

Ainda segundo a nota, com isso, a PF encerrou as atividades de polícia judiciária determinadas pelo STF após os ataques de domingo.

A PF destaca que, durante toda a ação, que durou 57 horas e mobilizou cerca de 550 policiais federais, os detidos receberam café da manhã, almoço, lanche e jantar e tiveram acesso a água. Eles também tiveram disponível serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União.

Audiência de custódia dos presos

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que as audiências de custódia dos presos devem durar até o próximo domingo (15). O órgão é responsável pela centralização das informações sobre os detidos. 

Todos já foram encaminhados para o presídio da Papuda e à penitenciária feminina da Colmeia.

O Supremo Tribunal Federal (STF) criou uma força-tarefa para realizar as audiências, que serão feitas por juízes federais e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e remetidas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem caberá decidir sobre a manutenção das prisões. 

Mais cedo, a Defensoria Pública da União (DPU) defendeu a libertação de pessoas hipervulneráveis e a substituição da prisão por medidas cautelares, como proibição de saída dos estados de origem, de frequentar quartéis e unidades militares, de utilizar redes socais e de manter contato com outros manifestantes que não sejam parentes. 

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