Pedágio: na Casa Civil, deputados defendem revisão do modelo de concessão
Grupo diz entender a urgência do tema, mas afirma que a pressa não pode impor um modelo ruim de pedágio para os próximos 35 anos
Uma comitiva de parlamentares paranaenses se reuniu com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), para debater o novo modelo de concessão das rodovias do Paraná. O objetivo do encontro, realizado nesta segunda-feira (6), em Brasília, era defender um modelo econômico de pedágio que garanta tarifas mais baixas, obras de infraestrutura e rodovias de qualidade.
O ministro Rui Costa recebeu dois membros da Frente Parlamentar dos Pedágios da Assembleia Legislativa do Paraná, Arilson Chiorato (PT) e Luiz Claudio Romanelli (PSD). Também participaram do encontro o deputado federal Enio Verri (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Além da ala política, o economista Luiz Antonio Fayet representou a ala técnica da discussão. Segundo o grupo, é necessário revisar o modelo defendido pelo Governo do Paraná, com um período de concessão de 35 anos, que prevê a construção de 15 novas praças de pedágio e tarifas que podem superar as antigas.
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Coordenador da Frente Parlamentar do Pedágio na Alep, Arilson Chiorato afirma existir um entendimento de que há condições para fazer mudanças técnicas na modelagem econômica para baixar a tarifa e garantir obras.
“Temos que ter todo o tempo necessário para fazer as mudanças em prol da população para não impor um contrato de 35 anos contra o povo do Paraná. Claro, sabemos da necessidade de realizar o mais rapidamente possível um contrato de manutenção das rodovias e também da volta de um pedágio com tarifa baixa, com obras e com segurança”, disse ele.
“Seguimos nessa combinação: celeridade, mas com atenção”, concluiu o deputado.
Os apontamentos técnicos discutidos na Casa Civil também foram levados ao presidente da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Rafael Vistale, e ao superintendente de concessões da agência, Marcelo Fonseca.
Enquanto a Casa Civil lidera a discussão política da modelagem do pedágio das rodovias do Paraná, cabe à ANTT formatar o programa de licitação dos seis lotes que serão leiloados.