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Operação Rádio Patrulha: ex-secretário é denunciado por lavagem de dinheiro

Operação Rádio Patrulha: ex-secretário é denunciado por lavagem de dinheiro

O MPPR (Ministério Público do Paraná) apresentou nesta quarta-feira (23) novas denúncias no âmbito da Operação Rádio Pat..

Redação - quinta-feira, 24 de setembro de 2020 - 10:38

O MPPR (Ministério Público do Paraná) apresentou nesta quarta-feira (23) novas denúncias no âmbito da Operação Rádio Patrulha, que apura irregularidades na licitação de maquinários para o programa estadual ‘Patrulha do Campo’.

Desta vez, quatro pessoas foram denúncias por lavagem de dinheiro, entre elas, o ex-secretário de Assuntos Estratégicos do Paraná (gestão 2011-2014) e sua esposa.

Segundo investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), os requeridos participaram de esquema que possibilitou a lavagem de pelo menos R$ 14.885.425,70.

O dinheiro é resultado de contratos firmados indevidamente por empresa mantida pelos denunciados com o DER (Departamento de Estradas e Rodagem), por meio de fraudes a licitações e desvio de recursos públicos.

ENVOLVIMENTO DE EX-SECRETÁRIO NO ESQUEMA

Pela Operação Rádio Patrulha, o Gaeco apurou que o então secretário, com suporte da mulher e dos outros requeridos, sócios “oficiais” da empresa, fizeram diversas transferências bancárias de valores recebidos do Estado para outros estabelecimentos comerciais ligados ao mesmo grupo financeiro, chefiado pelo ex-secretário, com o intuito de dissimular a origem e a utilização dos valores.

No total, a empresa vinculada aos denunciados recebeu R$ 27.743.418,06 do DER. Com a nova denúncia, além da condenação dos requeridos por lavagem de dinheiro, o Ministério Público pleiteia o ressarcimento de R$ 14.885.425,70.

OPERAÇÃO RÁDIO PATRULHA

A Operação Rádio Patrulha investiga o pagamento de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro em um esquema de fraude à licitações, durante o programa “Patrulha do Campo”, que previa a recuperação de estradas rurais entre 2012 e 2014. Segundo o MP-PR, o esquema envolve mais de R$ 100 milhões pagos a empresas investigadas.

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