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Mulher é presa suspeita de racismo contra funcionário da Câmara de Curitiba

Mulher é presa suspeita de racismo contra funcionário da Câmara de Curitiba

A vítima foi registrar o boletim de ocorrência junto com um asssessor jurídico da Câmara que é membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PR.

Vinicius Cordeiro - quinta-feira, 8 de dezembro de 2022 - 18:26

Uma mulher foi detida em flagrante pela Guarda Municipal acusada de cometer injúria racial contra um vigilante da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na tarde desta quinta-feira (8).

Segundo nota da Casa, a situação foi reportada à Polícia Civil do Paraná e a vítima é um funcionário terceirizado da CMC.

O homem foi registrar o boletim de ocorrência acompanhado de um procurador jurídico da CMC, que é membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PR (Ordem dos Advogados do Brasil – Paraná). 

“Ele receberá todo o apoio institucional da Câmara de Curitiba durante o desenvolvimento do caso. A CMC reafirma que repudia o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação em todas as suas formas. Esperamos que este caso tenha um encaminhamento exemplar, para que situações deste tipo cessem de acontecer”, diz a nota oficial da CMC.

O QUE ACONTECEU

De acordo com a Câmara de Curitiba, a mulher procurou a recepção da Casa às 13h35. Ela disse que participaria de uma audiência pública agendada para esta tarde. 

Ao perguntar sobre onde seria realizada, o funcionário terceirizado da Câmara, membro da equipe de vigilância patrimonial, indicou a direção do plenário. 

Após a visitante pedir a ele um copo d’água, ao que foi gentilmente atendida, ela se reportou ao fato do funcionário ser negro e começou a fazer vários comentários preconceituosos de cunho racial em sequência. Ela só parou de proferir os ataques com a chegada de outra visitante para a mesma audiência.

Após o ocorrido, o funcionário procurou a Diretoria de Segurança da CMC, reportou o ocorrido e a Guarda Municipal de Curitiba foi acionada para conduzir a visitante às autoridades policiais. 

Isso se deu por volta das 15h30, quando ela foi retirada da audiência pública para a lavratura do flagrante.

“AINDA BEM QUE TEM PRETO AQUI”

A vereadora Carol Dartora (PT), eleita deputada federal, publicou um texto de repudio com frases que teriam sido ditas pela mulher detida.

“’Ainda bem que tem um preto aqui (para me servir)’. ‘Preto quando não caga na entrada, caga na saída’ . ‘Por isso que eu não gosto de feijão preto’. Essas e outras frases racistas teriam sido proferidas por uma mulher branca a um segurança negro da Câmara Municipal de Curitiba. Racismo não é brincadeira. Racismo é crime”, diz trecho do post.

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