MPF investiga nomeação irregular pelo vereador Euler

A Câmara Municipal de Curitiba recebeu nesta quarta-feira (31) pedido de informação do Ministério Público Federal em que  solicita a lista de servidores do gabinete do vereador Professor Euler (MDB). O pedido tem prazo de cinco dias para que os dados sejam enviados sobre as contratações feitas pelo  vereador, indicando as datas de admissão e os salários. Euler nega qualquer irregularidade.

O MPF investiga uma denúncia de possível triangulação entre o gabinete de Euler e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU). Segundo o procedimento aberto, há informações de contratação cruzada. Ou seja, indicados do vereador eram contratados no CAU e o conselho indicaria os seus para ocupar um cargo no gabinete do vereador. Com isto, burlaria a lei do nepotismo. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal porque o Conselho é considerado um serviço federal.

Até o momento, o MPF está em fase de apuração dos fatos e em busca de provas que corroborem a denúncia feita contra o vereador. Há no processo depoimentos contra Euler e documentos que mostram o registro da nomeação do presidente da CAU, Milton Zanelatto, no gabinete do vereador. Zanelatto recebe salário de R$ 15.101,43 e deve cumprir expediente no legislativo municipal.

Fake news

O professor Euler rebate as denúncias, classificando-as como fake news e acredita que tudo será esclarecido pelo Ministério Público Federal. “A suposta denúncia é referente ao fato de algumas pessoas terem ido trabalhar no CAU depois de terem trabalhado comigo. Bem, eu não posso responder por contratações feitas pelo CAU ou qualquer outro lugar”, alega o vereador.

Sobre o presidente da CAU, o vereador argumenta que “o atual presidente do CAU era funcionário da Câmara antes até de eu me tornar vereador e ele trabalhou anteriormente com outros dois vereadores”. Ele argumenta que Zanellato é quem aproveitou os funcionários que saíram de seu gabinete, contratando-os na CAU. 

“Durante este tempo todo, certamente ele estabeleceu na Câmara diversas relações de trabalho e conheceu pessoas competentes. Como presidente do CAU, ao perceber algumas dessas pessoas saírem da Câmara e ficarem disponíveis no mercado de trabalho, quis aproveitá-las lá. Cargos de confiança não são escolhidos ao acaso, mas entre pessoas que você conhece e confia no trabalho”, disse. Euler acrescentou que a CAU também contratou ex-servidores de outros gabinetes da Câmara Municipal.