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Movimentos de direita realizam ato em apoio a Deltan, em Curitiba

Movimentos de direita realizam ato em apoio a Deltan, em Curitiba

A manifestação vai acontecer em frente ao prédio do Ministério Público Federal; os organizadores sugerem aos participantes irem de preto, em sinal de luto.

Rafael Nascimento - sábado, 20 de maio de 2023 - 14:00

Movimentos de direita organizam um ato público em apoio ao ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), cassado nesta semana após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A manifestação foi marcada para este domingo (21), em Curitiba.

Convocado pelos grupos MBL Paraná e Curitiba Contra a Corrupção, o ato acontecerá às 15h em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), no Centro da cidade.

Os organizadores sugerem aos participantes irem de preto, em sinal de luto.

Foto: Reprodução/Curitiba Contra a Corrupção

Deltan Dallagnol participa de carreata em Curitiba

As manifestações em apoio ao ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol tiveram início nesta sexta-feira (19). Berço da Lava Jato, Curitiba também concentra parte do reduto eleitoral de Deltan.

Em cima de um carro de som, Dallagnol participou de uma carreata e percorreu ruas da região central cidade. No trajeto, passou pela prefeitura e pela Assembleia Legislativa do Paraná.

A carreata teve baixa adesão e poucos carros acompanharam o cortejo.

“Aqui nasceu a Lava Jato. Aqui nasceu o combate à corrupção no nosso país. Aqui nasceu uma esperança de um Brasil melhor. Curitiba não é o germe do fascismo, Curitiba é o germe da verdade, do combate à corrupção”, afirmou Deltan.

O que aconteceu?

Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiram o registro de candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). 

Duas ações pedindo a cassação foram movidas – um pela federação formada pelos partidos PT, PC do B e PV e outro pelo PMN.

O argumento era de que o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná teria deixado a carreira de procurador com sindicâncias e processos administrativos pendentes no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Isso o impediria de concorrer a cargos públicos segundo os critérios da Lei da Ficha Limpa. 

Os ministros concluíram que Dallagnol fraudou a Lei da Ficha Limpa ao sair do MPF (Ministério Público Federal) em novembro de 2021.

Relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves disse que ele escapou de eventuais punições que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível. 

Pelo texto, magistrados e os membros do Ministério Público que “tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar” são considerados inelegíveis pelo prazo de 8 anos.

O Podemos, partido de Deltan Dallagnol, afirmou que irá recorrer da decisão.

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