Movimentos de direita realizam ato em apoio a Deltan, em Curitiba
A manifestação vai acontecer em frente ao prédio do Ministério Público Federal; os organizadores sugerem aos participantes irem de preto, em sinal de luto.
Movimentos de direita organizam um ato público em apoio ao ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), cassado nesta semana após decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A manifestação foi marcada para este domingo (21), em Curitiba.
Convocado pelos grupos MBL Paraná e Curitiba Contra a Corrupção, o ato acontecerá às 15h em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), no Centro da cidade.
Os organizadores sugerem aos participantes irem de preto, em sinal de luto.
Deltan Dallagnol participa de carreata em Curitiba
As manifestações em apoio ao ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol tiveram início nesta sexta-feira (19). Berço da Lava Jato, Curitiba também concentra parte do reduto eleitoral de Deltan.
Em cima de um carro de som, Dallagnol participou de uma carreata e percorreu ruas da região central cidade. No trajeto, passou pela prefeitura e pela Assembleia Legislativa do Paraná.
A carreata teve baixa adesão e poucos carros acompanharam o cortejo.
“Aqui nasceu a Lava Jato. Aqui nasceu o combate à corrupção no nosso país. Aqui nasceu uma esperança de um Brasil melhor. Curitiba não é o germe do fascismo, Curitiba é o germe da verdade, do combate à corrupção”, afirmou Deltan.
O que aconteceu?
Por unanimidade, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiram o registro de candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Duas ações pedindo a cassação foram movidas – um pela federação formada pelos partidos PT, PC do B e PV e outro pelo PMN.
O argumento era de que o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná teria deixado a carreira de procurador com sindicâncias e processos administrativos pendentes no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Isso o impediria de concorrer a cargos públicos segundo os critérios da Lei da Ficha Limpa.
Os ministros concluíram que Dallagnol fraudou a Lei da Ficha Limpa ao sair do MPF (Ministério Público Federal) em novembro de 2021.
Relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves disse que ele escapou de eventuais punições que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível.
Pelo texto, magistrados e os membros do Ministério Público que “tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar” são considerados inelegíveis pelo prazo de 8 anos.
O Podemos, partido de Deltan Dallagnol, afirmou que irá recorrer da decisão.