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Moro quer liderar oposição no Senado em caso de vitória de Lula

Moro quer liderar oposição no Senado em caso de vitória de Lula

Pré-candidato pelo Paraná considera a volta do petista como o “pior cenário”. Moro foi responsável pela condenação e prisão do ex-presidente.

Johan Gaissler - quarta-feira, 13 de julho de 2022 - 11:34

O ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), pré-candidato ao Senado pelo Paraná, manifestou a vontade de ser um dos líderes da oposição caso ele e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sejam eleitos em outubro deste ano. A afirmação foi feita no lançamento da pré-candidatura do ex-juiz federal, na terça-feira (12). 

O ex-ministro do governo Bolsonaro deixou claro que apoia o colega de partido, Luciano Bivar, na corrida ao Palácio do Planalto. No entanto, mencionou a possibilidade disso não acontecer e de Lula voltar à presidência. Moro considera este “o pior cenário”.

“Se houver uma vitória do ex-presidente Lula, eu quero me colocar desde logo na oposição e ser uma liderança forte. Uma das ideias de ir ao Congresso Nacional é poder participar, nesse momento crucial da história do Brasil, de uma maneira responsável”, disse o pré-candidato ao Senado pelo União Brasil.

Moro foi responsável pela condenação do ex-presidente, que ficou preso por um ano e meio em Curitiba. No ano passado, as decisões do magistrado neste caso foram anuladas pelo e consideradas suspeitas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A escolha de ministros do STF também é um dos motivos que Moro escolheu concorrer ao Senado. “Vamos ter duas vagas abertas ano que vem, decorrentes da aposentadoria de ministros. Gostaria de estar no Senado Federal para poder exercer essa avaliação com responsabilidade e com critério”, afirma. 

SERGIO MORO LANÇA PRÉ-CANDIDATURA AO SENADO PELO PARANÁ

Sergio Moro lançou a pré-candidatura ao Senado pelo Paraná na terça-feira (12), em um hotel de Curitiba.

“Sou pré-candidato ao Senado pela minha terra”, afirmou em vídeo o ex-ministro e juiz federal. “O Paraná precisa de lideranças que não se omitam e não sumam do cenário político”, completou em um discurso em que relembrou a própria trajetória na magistratura.

No mês passado, Sergio Moro anunciou a pré-candidatura pelo estado, e mencionou a possibilidade de ser deputado, senador e governador.

Até o início do ano, ele era pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo Podemos. Entretanto, assinou filiação ao União Brasil, partido resultante da fusão entre o DEM e o PSL

Como acordo para entrar no partido, que tem 55 deputados federais na Câmara em Brasília, o ex-juiz federal teve que sair da corrida presidencial.

Como alternativa, a ideia era que Moro fosse candidato a um cargo no Legislativo por São Paulo. Porém o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo negou a troca de domicílio eleitoral dele, o que o impediu de ser candidato pelo estado.

Sergio Moro, portanto, teve como última possibilidade a candidatura pelo estado onde nasceu, o Paraná.

Ele é nascido em Maringá e era juiz federal em Curitiba. O trabalho dele ganhou repercussão nacional após a Operação Lava Jato. Foi o responsável pela condenação e prisão de políticos por corrupção e desvio de dinheiro, como no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo caso de um tríplex no litoral de São Paulo.

Deixou o cargo de juiz em novembro de 2018 para ser ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do então presidente eleito Jair Bolsonaro. Um ano e meio depois, Moro rompeu com Bolsonaro e saiu do ministério.

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