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Moro foi conivente e deve ser investigado junto a Bolsonaro, diz Kakay

Moro foi conivente e deve ser investigado junto a Bolsonaro, diz Kakay

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirma que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro cometeu crimes de ..

Angelo Sfair - sábado, 25 de abril de 2020 - 13:20

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirma que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro cometeu crimes de prevaricação ao ser conivente com os supostos crimes que imputa Jair Bolsonaro (sem partido). O jurista também acredita que a discussão sobre um processo de impeachment contra o presidente da República é inevitável.

O ex-juiz Sergio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta sexta-feira (24), após acusar Bolsonaro de interferir na autonomia da PF (Polícia Federal). O estopim para a saída do então ministro foi a exoneração de Maurício Valeixo da direção-geral da PF.

Previsto no artigo 319 do Código Penal, o crime de prevaricação consiste em usar o cargo público para satisfazer interesses pessoais, retardando ou deixando de agir em momentos de irregularidade, desrespeitando ordens ou deveres.

Kakay alega que Moro cometeu prevaricação ao relevar crimes que podem levar ao impeachment de Bolsonaro Antonio Cruz Agência Brasil De acordo com Kakay, Moro cometeu prevaricação ao relevar crimes que podem levar ao impeachment de Bolsonaro. (Antonio Cruz/Agência Brasil), não tenho nenhuma dúvida: Moro relata crimes gravíssimos que podem levar ao impeachment de Bolsonaro”, analisa Kakay.

Contrário ao que chama de banalização do impeachment, o jurista acredita que o processo é inevitável.

“Temos um presidente da República que atenta contra o Estado Democrático de Direito. Que participou de manifestações criminosas que pediam o fechamento do Congresso e do STF. E que, além disso, defendiam o AI-5. Agora, acusações de que tentou interferir em inquéritos que tramitam contra ele e contra o filho no Supremo”, enumerou.

“Fosse o ex-ministro Moro o juiz desse caso, pediria a prisão de imediato”, concluiu Kakay.

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