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Lava Jato: PF cumpre mandados de busca e apreensão em nova fase da operação

Lava Jato: PF cumpre mandados de busca e apreensão em nova fase da operação

Na manhã desta quinta-feira (11) foi deflagrada a Operação Pseudeia, que faz parte da 80ª fase da Lava Jato, tem objetiv..

Redação - quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 - 07:43

Na manhã desta quinta-feira (11) foi deflagrada a Operação Pseudeia, que faz parte da 80ª fase da Lava Jato, tem objetivo de esclarecer os pagamentos efetuados por um representante de estaleiro estrangeiro para agentes públicos e marqueteiros políticos.

Quinze policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo, sendo três na capital e dois em Pindamonhangaba. Serão bloqueados e sequestrados R$ 5.261.100,00 decorrentes de contratos falsos.

O investigado responderá pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, dentre outros contra o sistema financeiro nacional.

OPERAÇÃO PSEUDEIA INVESTIGA PAGAMENTOS ILÍCITOS A AGENTES PÚBLICOS E MARQUETEIROS

A investigação da Operação Pseudeia é fruto do desdobramento da Operação Acarajé (23ª fase ostensiva), na qual se comprovou que um representante de um estaleiro estrangeiro, além de ter efetuado pagamentos ilícitos no exterior para agentes públicos e marqueteiros políticos, além de outros indivíduos até então não identificados.

Um desses indivíduos, que é alvo das medidas cumpridas nesta manhã, celebrou contrato falso de R$ 1 milhões com o representante de estaleiro estrangeiro, utilizando-se de empresa offshore constituída em paraíso fiscal e de conta no exterior em seu nome, em 2013.

Conforme a PF (Polícia Federal), os pagamentos foram feitos a partir de solicitação de vantagem feita pelo tesoureiro do partido político que formava o então governo federal.

Em 2014, a investigação descobriu tratativas para pagamento de mais de 600 mil dólares ao investigado, valores que não teriam sido transferidos apenas por ocasião do receio gerado pela deflagração da Operação Lava Jato.

Diligências confirmaram que o investigado possuía outra contas no exterior e que, entre 2014 e 2015, mesmo após a Lava Jato já ter sido deflagrada, efetuou diversas transferências bancárias no exterior para, através de operações de dólar-cabo, encerrar as contas e internar irregularmente os valores recebidos à margem da lei.

As diligências desta manhã ainda visam esclarecer os motivos para outras transferências bancárias no exterior identificadas em benefício do investigado, bem como elucidar os motivos pelos quais ele foi favorecido por pedido do tesoureiro de partido político e, igualmente, para se apurar e rastrear a destinação dos valores que foram internados irregularmente no Brasil com o uso de doleiros.

OPERAÇÃO LAVA JATO

Essa é a primeira fase da Operação Lava Jato desde o anúncio de que a força-tarefa passou a integrar o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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