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Justiça torna réus 13 acusados de orquestrar atentado contra Moro e Gakiya

Justiça torna réus 13 acusados de orquestrar atentado contra Moro e Gakiya

Planos de assassinatos, sequestros e extorsões foram interrompidos em março durante operação da Polícia Federal

Angelo Sfair - quarta-feira, 31 de maio de 2023 - 19:05

A 9.ª Vara Federal de Curitiba aceitou a denúncia contra 13 pessoas suspeitas de planejar atentados contra autoridades brasileiras da área de Segurança Pública, entre elas o ex-juiz federal e senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor estadual de Justiça de São Paulo Lincoln Gakiya. A decisão é do dia 17 de maio e foi divulgada nesta quarta-feira (31) pela Justiça Federal do Paraná.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal destaca que os acusados atuavam por meio de uma estrutura ordenada, com um modelo de hierarquia e divisão de tarefas para realizar o planejamento e a organização de atos criminosos. Em relação a Moro, o atentado seria uma retaliação pela mudança nas regras de visitas em presídios realizada no período em que ele era Ministro da Justiça, durante o governo de Jair Bolsonaro.

O planejamento dos atentados foi revelado durante uma operação da Polícia Federal, em março. Na ocasião, a corporação interrompeu planos em andamento contra autoridades brasileiras. Também estava na mira dos criminosos o promotor Lincoln Gakiya, reconhecido pelo combate ao crime organizado em São Paulo.

Os réus responderão criminalmente por organização criminosa (13 acusados), tentativa de extorsão mediante sequestro (9 acusados) e posse ilegal de arma de fogo (1 acusado). Alguns investigados foram denunciados por mais de um crime. Entre eles, 9 responderão por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro. Um dos acusados responderá pelos três crimes citados na ação penal.

As defesas dos réus não foram encontradas para comentar a decisão da 9.ª Vara Federal de Curitiba.

RELEMBRE O CASO

No dia 22 de março de 2023, a Polícia Federal cumpriu 35 mandados judicias contra integrantes do PCC suspeitos de planejar ataques contra autoridades e servidores públicos. Além de homicídios, o grupo também planejava crimes de extorsão mediante sequestro. A suspeita é de que os ataques contra autoridades e servidores poderiam ocorrer simultaneamente.

As investigações apontam que a organização criminosa investiu US$ 550 mil dólares (cerca de R$ 3 milhões) em plano contra Moro, que envolvia o monitoramento de locais frequentados pelo ex-juiz e até mesmo o aluguel de um imóvel no bairro Jardim Social, em Curitiba, que eventualmente poderia ser utilizado para auxiliar em uma tentativa de sequestro.

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