Governador Ratinho Junior mira privatização da Compagas
A privatização da empresa responsável pela distribuição de gás canalizado no Estado está nos planos do governador em seu novo mandato, a partir de 2023.
O governador do Estado, Ratinho Junior (PSD) anunciou a intenção de privatizar a Compagas (Companhia Paranaense de Gás) em seu novo mandato, a partir do ano que vem. A declaração foi dada durante o evento de diplomação dos eleitos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), nesta segunda-feira (19).
“O que nós vamos fazer é um grande projeto de distribuição de gás no Paraná. A privatização da Compagas. Hoje o mundo inteiro está no setor privado. O poder público não acompanha os investimentos necessários para fazer essa ampliação do gasoduto. Para que a industrialização possa estar no interior. Esse avanço está programado até julho do ano que vem. Eu faço a renovação da concessão do gás espero que ainda esse ano e depois a gente faz a privatização”, declarou.
A Compagas é a empresa responsável pela distribuição de gás canalizado no Estado, e atende clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial e veicular.
A companhia é uma empresa de economia mista, e tem como acionistas a Copel (Companhia Paranaense de Energia), com 51% das ações, a Commit Gás S.A., com 24,5% das ações, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda., com 24,5% das ações.
Governador volta a defender a venda da Copel
Ontem, Ratinho Junior foi diplomado para seu segundo mandato como governador do Paraná. Ele foi reeleito em outubro em primeiro turno, com 69,64% dos votos dos paranaenses.
No mesmo evento de diplomação, o chefe do Executivo estadual voltou a defender a venda da Copel, maior empresa do Paraná e aprovada no fim de novembro pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a toque de caixa.
“A (privatização) da Copel é um avanço. Só tem três estados do Brasil que ainda tem esse sistema estatal, que atrasa. O Estado continua sendo dono da Copel, tem o poder de veto. O que vai diferenciar é que ela vai ter velocidade. Vai ter capacidade de disputar com a Eletrobras a maior empresa do Brasil”, justificou.
O texto enviado pelo Executivo previa a transformação da companhia em uma empresa de capital disperso e sem acionista controlador, e foi aprovado em sessão tumultuada na Alep, com pouca discussão. O votação da privatização da Copel ocorreu em regime de urgência.