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Governador Ratinho Junior mira privatização da Compagas

Governador Ratinho Junior mira privatização da Compagas

A privatização da empresa responsável pela distribuição de gás canalizado no Estado está nos planos do governador em seu novo mandato, a partir de 2023.

Rafael Nascimento - terça-feira, 20 de dezembro de 2022 - 10:15

O governador do Estado, Ratinho Junior (PSD) anunciou a intenção de privatizar a Compagas (Companhia Paranaense de Gás) em seu novo mandato, a partir do ano que vem. A declaração foi dada durante o evento de diplomação dos eleitos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), nesta segunda-feira (19).

“O que nós vamos fazer é um grande projeto de distribuição de gás no Paraná. A privatização da Compagas. Hoje o mundo inteiro está no setor privado. O poder público não acompanha os investimentos necessários para fazer essa ampliação do gasoduto. Para que a industrialização possa estar no interior. Esse avanço está programado até julho do ano que vem. Eu faço a renovação da concessão do gás espero que ainda esse ano e depois a gente faz a privatização”, declarou.

A Compagas é a empresa responsável pela distribuição de gás canalizado no Estado, e atende clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial e veicular.

A companhia é uma empresa de economia mista, e tem como acionistas a Copel (Companhia Paranaense de Energia), com 51% das ações, a Commit Gás S.A., com 24,5% das ações, e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda., com 24,5% das ações.

Governador volta a defender a venda da Copel

Ontem, Ratinho Junior foi diplomado para seu segundo mandato como governador do Paraná. Ele foi reeleito em outubro em primeiro turno, com 69,64% dos votos dos paranaenses.

No mesmo evento de diplomação, o chefe do Executivo estadual voltou a defender a venda da Copel, maior empresa do Paraná e aprovada no fim de novembro pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a toque de caixa.

“A (privatização) da Copel é um avanço. Só tem três estados do Brasil que ainda tem esse sistema estatal, que atrasa. O Estado continua sendo dono da Copel, tem o poder de veto. O que vai diferenciar é que ela vai ter velocidade. Vai ter capacidade de disputar com a Eletrobras a maior empresa do Brasil”, justificou.

O texto enviado pelo Executivo previa a transformação da companhia em uma empresa de capital disperso e sem acionista controlador, e foi aprovado em sessão tumultuada na Alep, com pouca discussão. O votação da privatização da Copel ocorreu em regime de urgência.

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