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EUA: Twitter bloqueia Trump, e Congresso retoma sessão após invasão

EUA: Twitter bloqueia Trump, e Congresso retoma sessão após invasão

O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, teve duas mensagens apagadas pelo Twitter nesta quarta-feira (6), dia mar..

Redação - quarta-feira, 6 de janeiro de 2021 - 21:42

O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, teve duas mensagens apagadas pelo Twitter nesta quarta-feira (6), dia marcado pela invasão ao Capitólio, prédio do Congresso norte-americano. Os manifestantes protagonizaram confrontos dentro e fora do edifício, que levaram a morte de uma mulher e suspenderam a sessão que iria retificar a vitória de Joe Biden nas eleições do ano passado.

“Como resultado da situação violenta sem precedentes e contínua em Washington, DC, exigimos a remoção de três tweets de Donald Trump que foram postados hoje por violações repetidas e graves de nossa política de integridade. Isso significa que a conta de Donald Trumo ficará bloqueado por 12 horas após a remoção desses Tweets. Se os Tweets não forem removidos, a conta permanecerá bloqueada”, afirmou o Twitter.

De acordo com a política da rede social, é proibido usar os serviços da plataforma com “propósito de manipular ou interferir em eleições ou outros processos cívicos. Isso inclui postar ou compartilhar conteúdo que possa suprimir a participação ou enganar as pessoas”.

Neste momento, o prédio do Congresso já está seguro e o Senado vai retomar a sessão às 22h (horário de Brasília). Apesar do toque de recolher em Washington, muita gente continua pelas ruas da cidade. Vale lembrar ainda que Biden assume oficialmente o cargo de presidente dos EUA a partir do dia 20 de janeiro.

INVASÃO DE APOIADORES PRÓ-TRUMP RESULTA EM MORTE

Donald Trump não aceita a derrota e reivindica, sem nenhuma prova, que as eleições americanas de novembro foi fraudada. A mídia norte-americana trata o episódio como tentativa de golpe. A solenidade que aconteceria no Capitólio se trata de uma mera formalidade, uma vez que o resultado das eleições dos EUA já está definido.

Uma mulher, que foi baleada durante confrontos entre manifestantes e policiais, morreu após ser atingida for um tiro de arma de fogo. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não sobreviveu aos ferimentos.

O presidente eleito Joe Biden fez um pronunciamento e afirmou que o episódio é um ataque inédito à democracia dos Estados Unidos. Além disso, ele ainda pediu para que Trump defendesse a Constituição. O atual presidente gravou um vídeo pouco tempo depois e, apesar de ter reforçado a teoria de que as eleições foram fraudulentas, pediu aos manifestantes para fossem para casa.

PLANETA CRITICA E LAMENTA ABSURDO NO CONGRESSO DOS EUA

Imagem da invasão ao Congresso norte-americano.(Reprodução/ Twitter Igor Bobic)

De acordo com o jornal The New York Times, 13 pessoas foram presas e cinco armas de fogo foram confiscadas durante a invasão ao Congresso dos EUA. A informação foi repassada pelo chefe da polícia do Distrito de Colúmbia, Robert J. Contee. Segundo a Globo, ao menos 15 pessoas foram detidas, sendo que oito tiveram de ser hospitalizadas.

A invasão no Congresso dos EUA teve repercussão, e foi criticada, em todo o mundo. Os governos europeus, como espanhol, alemão e francês, mostraram-se confiantes na posse de Biden.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, classificou o episódio como vergonhoso. “Cenas vergonhosas no Congresso dos EUA. Os Estados Unidos representam a democracia em todo o mundo e agora é vital que haja uma transferência de poder pacífica e ordeira”, afirmou.

Já o premiê do Canadá, Justin Trudeau, alegou certeza que a violência dos fatos não vai alterar o resultado das eleições. “Os canadenses estão profundamente perturbados e tristes com o ataque à democracia nos Estados Unidos, nosso aliado mais próximo e vizinho. A violência nunca conseguirá anular a vontade do povo. A democracia nos Estados Unidos deve ser mantida – e será”, afirmou.

Até a Venezuela se manifestou e condenou a polarização norte-americana. “Os EUA padecem daquilo que causaram a outros países com suas políticas de agressão”, revela.

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