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Deputados debatem impacto socioambiental de aterro sanitário na CIC

Deputados debatem impacto socioambiental de aterro sanitário na CIC

Próximo ao local existe uma ocupação urbana chamada Tiradentes II, onde vivem dezenas de famílias que são objeto de ação de reintegração de posse.

Rafael Nascimento - quarta-feira, 17 de maio de 2023 - 08:33

Deputados estaduais debateram os impactos sociais e ambientais de um aterro sanitário na Cidade Industrial de Curitiba e da habitação no entorno do local. O tema foi objeto de uma audiência pública nesta terça-feira (16), no Plenarinho da Assembleia Legislativa

O encontro foi promovido pelo deputado Renato Freitas (PT), presidente da Comissão da Igualdade Racial, e contou com a participação dos parlamentares Professor Lemos (PT), Ana Julia (PT), Dr. Antenor (PT) e Goura (PDT), além de representantes do Ministério Público do Paraná (MPPR), pesquisadores e líderes comunitários e de movimentos sociais.

O aterro na CIC é da empresa Solví Essencis Ambiental, empresa privada que atua no tratamento e destinação de resíduos em mais de 250 cidades brasileiras.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a unidade na CIC recebe parte dos resíduos gerados pela capital, com cerca de 200 toneladas de lixo por dia.

Habitação na região da CIC

Próximo ao local existe uma ocupação urbana chamada Tiradentes II, onde vivem cerca de 70 famílias e são objeto de ação de reintegração de posse por parte da empresa

A ocupação é próxima às comunidades Sabará, São Miguel e Moradias Corbélia, que também vivenciam o dia a dia do aterro e da Estação de Tratamento de Água do Passaúna, atendida pela Sanepar.

“Uma audiência desta é relevante porque o que estamos buscando é o nosso direito à moradia e que não está sendo respeitado, por isso estamos aqui clamando para sermos atendidos. A empresa já devia ter encerrado as atividades desde 2015 e ainda está operando normalmente, e é isso que estamos querendo entender”, questiona Jair Pereira, líder da comunidade Tiradentes II.

Segundo o deputado Renato Freitas, “a audiência servirá de base para elaboração de um requerimento que será encaminhado as autoridades municipais, a empresa e a justiça para que seja apresentado os relatórios ambientais e de funcionamento que já forma requisitados e que ainda não foram entregues”.

Com informações da Alep.

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