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Ciro Gomes nega retirada de candidatura e critica voto útil

Ciro Gomes nega retirada de candidatura e critica voto útil

Nesta segunda (26), o candidato à presidência pelo PDT se disse vítima de ataques nacionais e internacionais para sair da disputa.

Johan Gaissler - segunda-feira, 26 de setembro de 2022 - 11:25

Ciro Gomes (PDT) negou que irá retirar a candidatura à presidência da República. Nesta segunda-feira (26), ele criticou o chamado voto útil ainda no primeiro turno das eleições de 2 de outubro e se disse vítima de ataques nacionais e internacionais para sair da disputa.

Nas últimas semanas, as campanhas de Lula (PT) e Ciro tiveram divergências. Para o PT, os pedetistas deveriam migrar para Lula com o objetivo de vencer em primeiro turno. Ciro foi acusado de atuar como “linha-auxiliar do bolsonarismo” ao comparar as gestões petistas à de Jair Bolsonaro (PL).

Em um discurso que chamou de “manifesto à nação”, Ciro Gomes fez novas comparações entre o petismo e o bolsonarismo e afirmou que essas duas correntes prejudicam o Brasil, mesmo que com conteúdos diferentes.

“Bolsonaro não existiria se não fosse a grave crise econômica e moral dos governos petistas. Lula não sobreviveria se não fossem os desatinos criminosos de Bolsonaro”, disse.

Ciro fez críticas ao voto útil em Lula para derrotar Bolsonaro. “Os que pensam que apertar o 13 é eleger o Lula, mesmo com defeitos, na verdade é eleger os mesmos que saquearam o país nos últimos anos. Os que pensam que apertar o 22 é eleger o Bolsonaro, na verdade é eleger outra parte da corja”, argumentou o candidato.

Para o pedetista, isso é um “rito suicida”. Ele chamou parte da mídia de cúmplice a essa decisão. “Sou vítima de uma campanha nacional e internacional para a retirada de minha candidatura, mas nada deterá minha disposição. Esse rito suicida tem o incentivo comodista e covarde de setores da mídia e da inteligência que perderam a nitidez dos fatos”, acusou Ciro.

CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Onze pessoas registraram na Justiça Eleitoral candidaturas à presidência da República, após convenções partidárias nacionais realizadas entre os dias 20 de julho e 5 de agosto. Confira quem são os presidenciáveis:

  • Ciro Gomes (PDT)
  • Felipe D’Ávila (Novo)
  • Jair Bolsonaro (PL)
  • José Maria Eymael (DC)
  • Leonardo Péricles (UP)
  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • Padre Kelmon (PTB)
  • Simone Tebet (MDB)
  • Sofia Manzano (PCB)
  • Soraya Thronicke (União Brasil)
  • Vera Lúcia (PSTU)

O PROS (Partido Republicano da Ordem Social) havia lançado Pablo Marçal como candidato, mas a sigla optou por apoiar Lula (PT). 

Já o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) havia lançado Roberto Jefferson como candidato, mas o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o considerou inelegível após ser condenado em 2012 pelo escândalo do mensalão.

Além disso, Jefferson está em prisão domiciliar após ser investigado em inquérito que apura o funcionamento de milícias digitais.

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