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Cemitérios de Ponta Grossa operam sem licença ambiental
Prefeitura tem 30 dias para apresentar plano de regularização
Mesmo com anos de exigência, nenhum dos 20 cemitérios públicos de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, opera com a licença ambiental. O tema ganhou repercussão em novembro, depois que um cemitério ficou alagado por mais de 10 dias.
Autoridades se preocuparam com a situação, já que existe o risco de contaminação do solo, poços artesianos e lençóis freáticos. Com o alagamento, o necrochorume, composto de bactérias, vírus e fungos, pode se espalhar na água da inundação, que atinge casas, poços e, inclusive, o rio Tibagi.
Proposta de terceirização dos cemitérios de Ponta Grossa
Ainda no mês passado, a prefeitura enviou uma proposta à Câmara de Vereadores para terceirizar a estão dos cemitérios públicos da cidade. No documento, o Executivo justificou que dessa forma é possível garantir um serviço de qualidade, além de adequar a infraestrutura às necessidade da população.
Segundo o IAT (Instituto Água e Terra), a Prefeitura de Ponta Grossa tem 30 dias para apresentar um plano de regularização dos cemitérios municipais. É isso que prevê o acordo firmado entre a cidade e o órgão estadual. Considerando o recesso de final de ano, o prazo vence na primeira quinzena de janeiro.
A PL 449/2023 tramita em regime de urgência, mas ainda não foi para Plenário.
MP acompanha regularização
O Ministério Público também acompanha e fiscaliza a regularização de oito cemitérios do município. Eles são: Uvaia, São José, Santo Antônio, São Sebastião, São João Batista, Chapada Ala Velha, Santa Luiza, São Vicente de Paula – Ala Velha e São Vicente de Paula.
Na época, a Prefeitura disse que as tratativas para regularizar o local iniciaram em 2014, inclusive com a assinatura de um acordo entre o município e o MP, e que a gestão age em regime de urgência para a obtenção dos licenciamentos ambientais dos cemitérios públicos.
Ressaltou, ainda, que o local específico é alvo de estudos para a aplicação de medidas necessárias, cabíveis e possíveis na prevenção de ocorrências futuras de mesma ou semelhante natureza.
O que diz a legislação
Desde 2003, após uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, os espaços de sepultamentos precisam seguir uma série de regras para funcionar. Os novos cemitérios e aqueles que já estavam em funcionamento tinham até 180 dias para adaptação, prazo que venceu ainda em 2003.
*Com informações da BandNews Curitiba.