Campanha de Requião acusa ataques de Ratinho Junior
Os dois candidatos -Requião e Ratinho Juinior – questionam agressões na campanha rumo ao Governo do Estado.
A assessoria da campanha do candidato Roberto Requião (PT) ao Governo do Estado, tem acusado o candidato e governador Ratinho Junior de mudar o tom de seu discurso e partir para ataques a agressões.
Segundo o Comitê Central de Requião, Ratinho Junior começou a campanha prometendo usar seu tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV com o “debate de ideias e propostas”, porque, segundo ele, “democracia não é ódio nem mentiras”.
Essas declarações estão no primeiro programa do candidato, que foi ao ar em 26/08. Ele chegou a fazer um chamado aos adversários “por uma campanha limpa, de diálogo inteligente e construtivo”. Porém, na última semana de campanha, a postura mudou e Ratinho Jr partiu para o ataque contra Requião. Além do programa em bloco, os ataques estão sendo divulgados nas inserções.
Agora, diz a assessoria, o candidato do PSD usa uma tática insidiosa para tentar se dissociar da autoria dos ataques: nos programas eleitorais, quando está apresentando propostas e destacando supostos feitos de seu governo, usa a identidade visual de sua campanha; quando passa a atacar Requião, a identidade muda e o nome e o número do candidato saem da tela. Mas, não há como enganar, o CNPJ da campanha, exibido na lateral da tela, deixa expostas as digitais de Ratinho Jr nas investidas contra Requião.
Do outro lado, coordenadores da campanha de Ratinho Junior também questionam as atitudes agressivas de Requião, ao ponto de tirarem várias propagandas do ar por ser considerada ofensivas e ou falsas. Este é o tom dos dois candidatos: Bate e rebate.
Segundo os requianistas, o desespero do atual governador na reta final da campanha contrasta com a imagem autoconfiança que o candidato tenta passar. Sem pesquisas locais feitas por institutos que gozem de credibilidade no mercado, o tom agressivo da campanha de Ratinho Junior tem sido visto por analistas políticos como uma reação a um possível crescimento da candidatura de Requião, especialmente após o comício feito no centro de Curitiba, que contou com a presença de Lula. O ato foi a maior manifestação democrática do Paraná realizado desde o primeiro comício das Diretas Já, que aconteceu em 1984.
