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Assembleia Legislativa é desocupada após Justiça determina reintegração de posse

Assembleia Legislativa é desocupada após Justiça determina reintegração de posse

O prédio da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) foi desocupado, nesta quinta-feira (19), após a Justiça do Paraná de..

Redação - quinta-feira, 19 de novembro de 2020 - 16:38

O prédio da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) foi desocupado, nesta quinta-feira (19), após a Justiça do Paraná determinar a reintegração de posse e impor multa diária de R$ 30 mil. Ontem (18), dezenas de professores e servidores ligados à Educação interromperam a sessão para protestar contra o PSS e pedir a saída do secretário de educação, Renato Feder.

Apesar da decisão da Justiça, concedida horas depois da ocupação, cerca de 70 servidores continuaram na Alep. Os manifestantes deixaram o prédio administrativo e passaram a noite no plenarinho. O protesto foi desmobilizado no final da manhã, e o grupo deixou o prédio público de forma pacífica, de acordo com a Alep.

Desde o início do mês a categoria realiza protestos contra o edital de contratação PSS anunciado pela Seed (Secretaria de Estado da Educação). A pasta informou que o prazo de inscrições termina na próxima segunda-feira (23). Até agora foram registradas 12 mil inscrições. O processo prevê a contratação de 4 mil profissionais.

A APP-Sindicato, que representa professores e servidores da educação, diz que tenta, sem sucesso, negociar com o governo do Estado. O grupo recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelo cancelamento do edital, orçado em R$ 4 milhões.

Além de não concordarem com a aplicação de provas, os servidores destacam o risco sanitário em promover um processo seletivo presencial em plena pandemia de coronavírus. A prova está prevista para o dia 13 de dezembro e estima-se que o PSS pode movimentar um total de 100 mil pessoas.

A manifestação dos professores solicita a revogação do edital da Secretaria de Estado da Educação que trata do PSS (Processo Seletivo Simplificado) para contratação de temporários. Em nota, a Alep afirma que “o tema não está em discussão no Legislativo e nem depende de manifestação do Plenário da Assembleia, sendo atribuição exclusiva do Poder Executivo”.

governo do Estado, também por meio de nota, disse que “não negocia com sindicato que não respeita as instituições democráticas”. E que “após a invasão da APP-Sindicato à Assembleia Legislativa as negociações com a categoria estão encerradas”.

A Seed (Secretaria de Estado da Educação e do Esporte), informou que “sempre esteve aberta ao diálogo com os representantes dos professores”. Segundo a pasta, nove reuniões realizadas entre setembro e novembro debateram o PSS, que também foi tema de uma Comissão Especial.

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