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Aras pede ao STF que três ministros citados por Moro em depoimento sejam ouvidos

Aras pede ao STF que três ministros citados por Moro em depoimento sejam ouvidos

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (4) ao ministro Celso de Mello, do STF (Supremo..

Fábio Fabrini - Folhapress - segunda-feira, 4 de maio de 2020 - 17:42

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (4) ao ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que três ministros do governo Jair Bolsonaro (sem partido) sejam ouvidos no inquérito que apura se o presidente tentou interferir indevidamente em investigações da Polícia Federal.

Ele também solicitou ao STF cópia do vídeo da reunião realizada entre o presidente, o vice-presidente Hamilton Mourão e ministros de Estado, além de presidentes de bancos públicos, no último dia 22, no Palácio do Planalto, e comprovantes de autoria das assinaturas da exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Aras entendeu ser necessário colher os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno Ribeiro Pereira (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência) e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) para o esclarecimento dos fatos.

Os três foram citados pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, ouvido no sábado (2), como testemunhas de pressões de Bolsonaro por interferência na PF.

O procurador-geral também requer a oitiva da deputada federal Carla Zambeli (PSL-SP). Moro entregou mensagens trocadas por ela via celular como prova de que não teria aceitado ingerência sobre o órgão de investigação.

A necessidade dos depoimentos será analisada por Celso de Mello.

Aras também pediu outras diligências, como as oitivas do ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo, demitido por Bolsonaro, e os delegados Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira e Alexandre Ramagem Rodrigues, para que prestem informações acerca de “eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do presidente da República perante o Departamento de Polícia Federal, visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes”.

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