Ano termina sem solução para modelo de pedágio no Paraná
A discussão sobre a nova concessão já se estende por quase dois anos. Frente Parlamentar do Pedágio promete novos debates para chegar à definição
A frente parlamentar do Pedágio, na Assembleia Legislativa do Paraná, vai debater gargalos da modelagem no próximo ano. Depois de pedir a suspensão imediata dos processos licitatórios para a concessão das rodovias no Estado, em novembro passado, o grupo quer levantar discussões para chegar a um “modelo ideal”.
O presidente da Frente Parlamentar, Arilson Chiorato (PT), avalia que mesmo que o processo ainda não tenha sido licitado, vários pontos precisam ser discutidos.
Em reunião com representantes do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), foi apresentado um relatório que indica que a proposta federal pode onerar economias locais, prejudicar a competitividade das empresas, além de isolar municípios atingidos pelas praças de pedágio. Integrante da equipe de transição do governo Lula, Chiorato sustenta que há itens no processo licitatório que têm impacto sobre o valor das tarifas e precisam ser revistos.
Segundo o deputado, a prioridade é resolver o formato do leilão, que inibe a oferta de descontos e pode tornar o pedágio tão caro quanto era até 2021.
O governador Ratinho Junior critica a posição do governo eleito. Ele afirma que vai tirar as rodovias estaduais do projeto de concessão caso o governo federal altere de fato o modelo de concessão.
Recentemente, uma discussão entre deputados e o setor produtivo foi promovida pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
No fim de novembro, o estado completou um ano sem cobrança de pedágios – e sem a prestação de serviços que as concessionárias dispunham aos motoristas. A discussão sobre a nova concessão já se estende por quase dois anos. Agora, com a suspensão do processo licitatório e os impasses entre governos, não há previsão de quando a situação vai ser resolvida.
