Agronegócio
Produtores colhem a maior safra de soja da história do Paraná

Produtores colhem a maior safra de soja da história do Paraná

O volume de produção de soja no Estado é 82% superior ao do ciclo 2021/2022, com produtividade de 3.845 kg por hectare.

Rafael Nascimento - sexta-feira, 31 de março de 2023 - 10:28

Os produtores paranaense colhem a maior safra de soja da história do Estado. A informação foi confirmada pelo Deral – Departamento de Economia Rural -, que estima uma produção de 22,18 milhões de toneladas do grão em uma área de 5,76 milhões de hectares.

 O volume de produção de soja na safra 2022/2023 é 82% superior ao do ciclo 2021/2022. A produtividade desta atual safra é de 3.845 kg por hectare.

O Deral aponta que o bom desempenho se deve, especialmente, às condições climáticas favoráveis.

Colheita avançada

Nesta semana, a colheita chegou a 77% da área, índice que, apesar de estar atrasado comparativamente a safras anteriores, não deve prejudicar a qualidade do produto.

Cerca de 90% das lavouras estão em boas condições e 10% em condições medianas. A área, estimada em 5,76 milhões de hectares, é semelhante à do ciclo passado, com um crescimento de 2%. A produtividade é de 3.845 kg por hectare.

Segundo o analista do Deral Edmar Gervásio, com a produção recorde prevista para essa atual safra, o Paraná aumenta sua participação na produção nacional de soja, passando a representar em torno de 15% do total – nas safras anteriores, esse índice variava entre 12% e 14%.

O preço recebido pelo produtor pela saca de soja (60 kg) apresentou queda nas últimas semanas. Na semana passada, o grão foi comercializado por R$ 144,30, 9% a menos do que em fevereiro de 2023 e 24% a menos do que em março de 2022.

De acordo com Gervásio, esta queda está diretamente ligada a uma grande oferta da oleaginosa no mercado. “Aliado a isso, os preços neste mês no mercado internacional estão menores quando comparados a fevereiro de 2023. Com uma superprodução, junto com problemas logísticos de escoamento, os armazéns estão lotados e isso tende a pressionar os preços”, explica.

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