Agronegócio
Paraná semeou apenas 8% da área estimada para soja nesta safra

Paraná semeou apenas 8% da área estimada para soja nesta safra

A estiagem tem impactado na semeadura da safra de soja no ciclo 2020/2021 no Paraná. Apenas 8% da área de 5,54 milhões d..

Jorge de Sousa - sexta-feira, 9 de outubro de 2020 - 17:03

A estiagem tem impactado na semeadura da safra de soja no ciclo 2020/2021 no Paraná. Apenas 8% da área de 5,54 milhões de hectares estimados (430 mil hectares) foi cultivada até o momento.

Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Deral (Departamento de Economia Rural), órgão vinculado a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, no Boletim da Conjuntura Agropecuária desta semana.

Como comparação, nesta época no ciclo 2019/2020 haviam sido plantados 22% da área estimada de soja, equivalentes a cerca de 1,2 milhão de hectares.

Somente o plantio da safra 2010/2011 apresentou uma semeadura mais atrasada nesta época. Na ocasião, haviam sido cultivados 142 mil hectares de soja.

Os técnicos do Deral preveem que as chuvas desta semana auxiliem os produtores de soja no Paraná a acelerarem o plantio. Esse atraso não impacta apenas essa cultura, mas também o cultivo da safrinha do milho, que já terá uma janela menor para a semeadura neste ciclo.

O milho primeira safra também segue em plantio lento e acumula 65% de semeadura em uma área total de 360 mil hectares. A expectativa é de uma produção de 3,4 milhões de toneladas desse grão.

SAFRA DAS ÁGUAS DE FEIJÃO GANHA FÔLEGO COM SEMANA CHUVOSA NO PARANÁ

Os produtores de feijão da safra das águas conseguiram bom ritmo no cultivo com as chuvas da última semana do mês de setembro. O plantio evoluiu de 35% ao final de agosto para 55% no encerramento do mês seguinte.

O Paraná deve cultivar 148,9 mil hectares de feijão nesta safra, registrando uma queda de 2% em comparação a área destinada para essa cultura no ciclo passado.

Dessa forma, a produção também deve decair. Neste ciclo a estimativa de colheita é de 300,6 mil toneladas, número 5% inferior ao registrado no último ciclo.

Mas os preços pagos ao produtor se mostram favoráveis neste ciclo. Em setembro, a saca de 60 quilos do feijão classe cores foi cotado a R$ 252,88, alta de 31% ao mês anterior.

Já o feijão classe preto foi cotado a R$ 240,13 a saca, número 7% superior ao registrado em agosto.

LEIA MAIS: Alimentos puxam alta de preços em setembro, aponta o IBGE

Compartilhe