Agronegócio
Paraná reforça ações de prevenção da influenza aviária

Paraná reforça ações de prevenção da influenza aviária

Maior produtor de carne de frango do país, o Paraná está em alerta máximo na prevenção da doença nas granjas do estado.

Redação - quarta-feira, 7 de dezembro de 2022 - 10:31

O Paraná reforçou as orientações aos produtores e profissionais que atuam no setor avícola depois das notificações recentes de influenza aviária na Colômbia, Peru, Equador e Venezuela. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) alerta para a necessidade de redobrar a atenção às medidas de prevenção e biossegurança nas granjas do Estado.

Nesta semana, a Agência promove um treinamento teórico e prático para os fiscais, especificamente em sanidade avícola. “Essa atualização constante se faz necessária para preparação do nosso corpo técnico”, diz o diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins.

No segundo semestre deste ano, a Adapar fez treinamento com todos os fiscais e assistentes de fiscalização da Gerência de Saúde Animal, atualizando-os sobre todos os programas sanitários. Em 2022 foram implantadas ações com novas orientações para a vigilância e para a notificação de suspeitas de influenza aviária e doença de Newcastle.

“A notificação imediata de sinais de doença nas aves é importante para que o diagnóstico e as ações de contenção sejam rápidas, e, em caso de detecção do agente, que haja o menor prejuízo possível”, diz o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.

Monitoramento nas granjas do Paraná

Nos últimos meses, o Paraná, maior produtor de carne de frango do país, está em alerta máximo na prevenção da doença de alta patogenicidade. 

Medidas de biosseguridade ajudam a evitar que as aves entrem em contato com algo que possa transportar o vírus. Os produtores precisam atentar-se à desinfecção de veículos na entrada e saída da granja, restrição de acesso de pessoas alheias ao estabelecimento, impedir contato de aves de vida livre às aves da granja, uso de roupas exclusivas para manejo da granja e registros sanitários em dia.

Sinais respiratórios, nervosos e digestivos, bem como mortalidade nas granjas, devem ser notificados junto à Adapar de forma imediata

Responsáveis técnicos e produtores precisam notificar obrigatoriamente por meio do sistema e-Sisbravet ou diretamente à Adapar. A Agência também pede que a iniciativa privada faça sua parte, adotando as medidas de biosseguridade e biossegurança necessárias nas granjas, fortalecendo o trabalho conjunto.

Prejuízos no setor avícola internacional

Os países que já tiveram focos da IAAP (Influenza Aviária Altamente Patogênica) contabilizam prejuízos de grandes proporções, a exemplo dos Estados Unidos, que precisaram eliminar milhões de aves. Os preços de ovos, carne de frango e demais subprodutos tiveram aumentos consideráveis. Além disso, diversos produtores desistiram da atividade.

A Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP – vírus H5N) é exótica no Brasil, mas pode ser carreada por aves migratórias ou até mesmo por pessoas que estiveram em países onde a doença está ocorrendo. A transmissão também pode acontecer por meio do ar, água, alimentos e materiais contaminados, além do contato com aves doentes e o acesso de pessoas externas às criações comerciais. A responsabilidade na prevenção é compartilhada por todos que participam da cadeia produtiva e objetiva mitigar os riscos de ocorrência.

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