Agronegócio
Paraná divulga estimativas para a segunda safra 2022/2023

Paraná divulga estimativas para a segunda safra 2022/2023

Segundo o Deral, o plantio e o desenvolvimento da soja terão atrasos por causa das condições climáticas dos últimos meses.

Redação - quinta-feira, 22 de dezembro de 2022 - 17:03

O Deral (Departamento de Economia Rural) divulgou nesta quinta-feira (22) as estimativas para a segunda safra 2022/2023 no Paraná. Segundo o departamento, o plantio e o desenvolvimento da soja terão atrasos por causa das condições climáticas dos últimos meses.

A Previsão Subjetiva de Safra (PSS) também indica um recuo de 3% da área do milho em relação ao ano anterior, ocupando 2,64 milhões de hectares, enquanto 302,7 mil hectares devem ser destinados ao feijão – área 10% menor que a anterior. 

“A expectativa de atraso na colheita da soja deixou os produtores de milho indecisos com relação à área de cultivo. Mas, em janeiro, deveremos ter um retrato mais preciso da situação. De maneira geral, a perspectiva para a safra é boa”, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

O relatório também traz informações da primeira safra. Deverão ser colhidas aproximadamente 21,4 milhões de toneladas de soja. Com isso, a produção total de grãos da primeira safra pode somar R$ 25,53 milhões de toneladas. 

O volume, se for confirmado, supera em 64% a safra 2021/2022. A condição da primeira safra é considerada boa, mas, ao longo do ciclo, as lavouras foram impactadas pelo excesso de chuvas, pelas baixas temperaturas – principalmente em outubro –, e também pela estiagem.

MILHO

Em condições ideais de clima, a segunda safra de milho pode gerar 15,4 milhões de toneladas no Paraná, segundo o Deral. Esse volume, se confirmado, representa um aumento de  16% em relação ao colhido no ciclo 2021/2022. Na comparação com dezembro do ano passado, os preços pagos ao produtor pela saca de 60 kg tiveram um recuo de aproximadamente 7%, de R$ 80,00 para R$ 74,00.

FEIJÃO

Apesar da redução de área, a produção estimada para a segunda safra de feijão 2022/2023 é de 599,3 mil toneladas, 7% superior a do ano passado e que, se confirmada, será recorde para a cultura. Quanto aos preços pagos ao produtor, o feijão do tipo cores teve um aumento de 60%, enquanto os preços do feijão preto subiram 10%. Tradicionalmente, o mês de dezembro tem menor demanda pela leguminosa, principalmente por causa das férias escolares e festas de final de ano.

SOJA

Com o encerramento do plantio da safra 2022/23, a estimativa do Deral é de que sejam colhidas aproximadamente 21,43 milhões de toneladas de soja em uma área de 5,7 milhões de hectares. O valor é levemente inferior ao divulgado no mês de novembro, pois alguns Núcleos Regionais fizeram reavaliações referentes às áreas plantadas. Neste momento, 90% das lavouras se encontram em boas condições e 9% em condições medianas. Cerca de 6% da produção está comercializada.

TRIGO

A atualização de área e produção apresenta nova redução da safra de trigo, estimada neste mês em 3,38 milhões de toneladas. Esse volume é 15% inferior ao potencial que o Paraná tinha quando semeou a área de 1,19 milhão de hectares. Apesar de a perda ser relativamente pequena, há o agravante da baixa qualidade. Mesmo assim, em todas as regiões há lotes de qualidade superior, colhidos antes do período chuvoso se estender até novembro.

HORTALIÇAS

O clima nublado afetou o ciclo vegetativo das hortaliças no Paraná na segunda safra 2022/2023. “De modo geral, percebe-se que os produtores estão agindo com cautela, ainda como reflexo das dificuldades desse mercado durante a pandemia”, explica o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade. Segundo ele, a redução nas áreas estimadas acabou impactando o preço desses produtos no atacado.

CAFÉ

O relatório deste mês também traz as primeiras estimativas para o café. De acordo com o Deral, 26,6 mil hectares serão destinados ao cultivo do grão na safra 2022/2023, gerando uma produção de aproximadamente 42,8 mil  toneladas. Esse volume, será 42% superior ao da safra anterior, bastante prejudicada pelas adversidades climáticas, de acordo com o economista do Deral Paulo Franzini.

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