Agronegócio
Países suspendem importação de carne bovina do Brasil após caso de vaca louca

Países suspendem importação de carne bovina do Brasil após caso de vaca louca

As medidas foram tomadas após a confirmação de um caso de vaca louca em uma propriedade do Pará, no fim do mês passado.

Redação - sexta-feira, 3 de março de 2023 - 08:28

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que China, Tailândia, Irã e Jordânia suspenderam as importações de carne bovina de todo Brasil. Além disso, a Rússia apresentou embargo à carne exportada do Pará.

As medidas foram tomadas após a confirmação de um caso de vaca louca em uma propriedade pequena no município de Marabá, no Pará, no fim de fevereiro.

Antes da decisão da China, o Brasil já havia suspendido a exportação de carne bovina para o país. O autoembargo está estabelecido em um acordo bilateral firmado entre os países em 2015.

“China, Tailândia, Irã e Jordânia estão com as importações de carne bovina de todo Brasil temporariamente suspensas e a Rússia apresentou embargo à carne bovina exportada do Pará. No estado, há apenas uma planta frigorífica habilitada no Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportar para a Rússia”, disse o ministério, por meio de nota.

Caso atípico

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, exames realizados no laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal em Alberta, no Canadá, confirmaram que o caso é atípico e que não há risco de contaminação do rebanho.

“Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso”, comentou Fávaro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou, ainda, que está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.

O caso de vaca louca foi confirmado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) em um touro de 9 anos. Após a constatação, o animal foi abatido, incinerado e a propriedade isolada. Desde 2013, o Brasil possui status sanitário de risco insignificante para a doença.

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