Países suspendem importação de carne bovina do Brasil após caso de vaca louca
As medidas foram tomadas após a confirmação de um caso de vaca louca em uma propriedade do Pará, no fim do mês passado.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que China, Tailândia, Irã e Jordânia suspenderam as importações de carne bovina de todo Brasil. Além disso, a Rússia apresentou embargo à carne exportada do Pará.
As medidas foram tomadas após a confirmação de um caso de vaca louca em uma propriedade pequena no município de Marabá, no Pará, no fim de fevereiro.
Antes da decisão da China, o Brasil já havia suspendido a exportação de carne bovina para o país. O autoembargo está estabelecido em um acordo bilateral firmado entre os países em 2015.
“China, Tailândia, Irã e Jordânia estão com as importações de carne bovina de todo Brasil temporariamente suspensas e a Rússia apresentou embargo à carne bovina exportada do Pará. No estado, há apenas uma planta frigorífica habilitada no Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportar para a Rússia”, disse o ministério, por meio de nota.
Caso atípico
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, exames realizados no laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal em Alberta, no Canadá, confirmaram que o caso é atípico e que não há risco de contaminação do rebanho.
“Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso”, comentou Fávaro.
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou, ainda, que está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.
O caso de vaca louca foi confirmado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) em um touro de 9 anos. Após a constatação, o animal foi abatido, incinerado e a propriedade isolada. Desde 2013, o Brasil possui status sanitário de risco insignificante para a doença.