Agronegócio
Dia do Avicultor: produtores mantêm esforços para garantir oferta ao mercado brasileiro

Dia do Avicultor: produtores mantêm esforços para garantir oferta ao mercado brasileiro

Produtores avícolas têm enfrentado grandes desafios para manter a produção de alimentos, diante das altas históricas dos custos de produção.

Redação - domingo, 28 de agosto de 2022 - 10:05

Neste domingo, 28 de agosto, é celebrado o “Dia do Avicultor”, data em que toda a cadeia produtiva da avicultura exalta os esforços realizados para garantir a oferta de produtos avícolas para o Brasil e para 150 nações pelo mundo. 

As comemorações deste ano, entretanto, carregam um sentimento de superação, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Conforme a associação, há dois anos os produtores avícolas brasileiros têm enfrentado grandes desafios para manter a produção de alimentos, diante das altas históricas dos custos de produção. Mesmo assim, conforme a ABPA, a expectativa é que a oferta interna de produtos seja mantida nos mesmos patamares, garantindo acesso à população de duas das proteínas mais consumidas pelo brasileiro: a carne de frango e os ovos.

No caso da carne de frango, de acordo com a ABPA, a disponibilidade de produtos no
mercado interno deverá registrar elevação de até 0,5% em 2022, na comparação com o ano anterior, alcançando 9,78 milhões de toneladas. Isto, graças à alta prevista na
produção para este ano, que deve ser até 1% maior em relação ao registrado em 2021,
totalizando 14,5 milhões de toneladas em 2022.

Também a produção de ovos deverá se manter elevada este ano. Conforme as projeções da ABPA, ela deverá se manter próximo a 53 bilhões de unidades, estabelecendo um consumo per capita anual nos patamares de 250 unidades.

“As dificuldades foram grandes, mas produtores e indústrias mantiveram a resiliência e
garantiram a oferta de produtos, que encontrou fluxo em um mercado que está em
recuperação econômica”, analisa o presidente da ABPA.

Exportações em alta

A elevada oferta de produtos para o consumidor brasileiro foi mantida, em parte, graças
aos recursos provenientes das exportações, explica Santin. A entrada de divisas por meio dos negócios internacionais equilibra o balanço financeiro das empresas e ajuda a reduzir os impactos gerados pelos custos para a produção interna. Apenas neste ano, as exportações de carne de frango trouxeram para o país US$ 5,620 bilhões, resultado que é 33,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 4,216 bilhões. A alta ilustra a forte demanda internacional pelo produto brasileiro.

“Os elevados cuidados sanitários estabelecidos pelos produtores brasileiros nas granjas foram determinantes para o Brasil expandir sua presença global, especialmente neste ano em que vemos uma forte crise sanitária alcançar quase todos os grandes produtores avícolas na Europa, Ásia, África e América do Norte. Ao mesmo tempo, seguimos sem nunca registrar um caso de Influenza Aviária em nosso território, o que é resultado da elevada competência técnica empregada em nossas granjas pelas famílias avicultoras em todo o Brasil”, ressalta Ricardo Santin. 

Com isto, as expectativas são de novo recorde nas exportações. Conforme as projeções da ABPA, as vendas internacionais de carne de frango deverão alcançar, neste ano, até 4,9 milhões de toneladas, número 6% maior que o registrado no ano anterior. 

“A avicultura brasileira é expoente mundial que se reflete em números. A liderança global nas vendas de carne de frango, conquistada em 2004, cresceu exponencialmente ao longo dos anos, e hoje um em cada três quilos de frango exportado pelo mundo tem origem brasileira. No mercado interno, a avicultura assumiu protagonismo socioeconômico para o país, com 100 mil famílias produtoras gerando produtos que impactam em 3,5 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, ao mesmo tempo em que ampliou a oferta de duas das proteínas mais consumidas pela população brasileira. Por isso, são justas todas as homenagens prestadas às famílias avicultoras”, avalia o presidente da ABPA.

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