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Vírus sincicial respiratório supera covid em morte de crianças
Reprodução/Agência Brasil

Vírus sincicial respiratório supera covid em morte de crianças

VSR responde por 57% do total de casos recentes de SRAG

Mirian Villa - sábado, 27 de abril de 2024 - 10:25

Conforme o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (25), o vírus sincicial respiratório supera a Covid-19 no número de morte de crianças de até dois anos. O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a Covid-19. Apesar disso, o coronavírus ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por SRAG.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

O vírus sincicial respiratório é responsável pela maioria dos casos de infecções do trato respiratório inferior em bebês. Adultos infectados se recuperam em até duas semanas, mas crianças podem desenvolver uma forma mais grave da doença – como bronquiolite e pneumonia.

SRAG nos estados

Vinte e três Estados apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento da síndrome: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Em relação aos casos de SRAG por Covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Mortes

Em 2024, já foram notificados 38.670 casos de SRAG, sendo 17.562 (45,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 14.563 (37,7%) negativos, e ao menos 4.308 (11,1%) aguardando resultado laboratorial.

Em relação aos óbitos, foram registrados 2.956 neste ano, sendo 1.753 (59,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 951 (32,2%) negativos, e ao menos 102 (3,5%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos do ano corrente, tem-se influenza A (12,7%), influenza B (0,2%), vírus sincicial respiratório (3,7%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (80%).

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