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Você é doador de órgãos?

Você é doador de órgãos?

27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, e a data existe justamente para salientar a importância dessa atitu..

Unimed Curitiba – Conteúdo de Marca - quarta-feira, 23 de setembro de 2020 - 09:00

27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, e a data existe justamente para salientar a importância dessa atitude. Você já conversou com a sua família sobre o tema? Entre os principais motivos que impedem o transplante de órgãos está justamente a falta de comunicação entre o doador e seus familiares. Aproximadamente metade das famílias nega o procedimento de doação de órgão. Por isso, essa é a principal medida a ser tomada ao se tornar doador: comunicar família, amigos e pessoas próximas. Ao fazer isso, você se torna oficialmente um doador de órgãos. Fácil, né? Mas ainda hoje o assunto precisa ser desmistificado. A falta de informação e o preconceito ainda são fatores que limitam o número de doações, o que impede que muitas vidas sejam salvas. As pessoas guardam alguns mitos ligados à idade, à religião, à assistência médica e a outros fatores.

Para o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em cirurgia geral, Dr. Eduardo Lopes Martins, doar órgãos é doar vida. “Que tal tomar uma atitude que vai mudar a sua vida, a de um receptor, e ainda poderá alegrar muitas outras pessoas? Doar órgãos é uma atitude que pode mudar completamente a vida de quem recebe”, explica o médico que há anos trabalha no Sistema Estadual de Transplantes do Paraná.

No Brasil, aproximadamente 40 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão, de acordo com o Ministério da Saúde (dados de 2019). Apesar das dificuldades em meio à pandemia do novo coronavírus, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná se mantém líder em doações e transplantes de órgãos no Brasil neste primeiro semestre, atingindo a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população (pmp), ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional, que fechou em 15,8 pmp.

Embora o resultado demonstre o compromisso das famílias paranaenses de continuar salvando vidas, ainda há muitas dúvidas com relação ao assunto. E, em tempos de pandemia, o receio de contaminação é mais um ponto de atenção. No entanto, de acordo com o médico, todos os potenciais doadores de órgãos estão sendo testados para COVID-19 para garantir a segurança aos receptores e aos profissionais de saúde.

DOAÇÕES

No Brasil, as doações só ocorrem após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida o desejo de doar. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer as dúvidas e receberem orientações. “A legislação que temos hoje determina que a família é a responsável pela decisão final, visto que não temos mais a sinalização de ‘doador’ registrada no documento de identidade do brasileiro. Por isso, conversar com seus familiares sobre o desejo de ser um doador de órgãos é essencial”, afirma.

Como é feito o transplante de órgãos?

Este é um procedimento cirúrgico, em que o órgão ou tecido que será transplantado é removido e reposto no organismo de uma pessoa doente, conhecida como receptor.

Doadores vivos e não-vivos

Doadores vivos têm o histórico clínico avaliado por um médico para analisar doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial, e em alguns casos são avaliados doadores para que seja escolhido aquele com maior chance de sucesso. Órgãos e tecidos que podem ser obtidos de doadores vivos são: rim, parte do fígado e medula óssea. Já doadores não-vivos podem doar: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Estes doadores não-vivos são pacientes que estão em tratamento na UTI com quadro de morte encefálica (morte das células do Sistema Nervoso Central), onde há interrupção da irrigação sanguínea para o cérebro, sendo uma condição irreversível e incompatível com a vida.

Quer saber mais? Assista ao vídeo em que a jornalista Mira Graçano entrevista o médico cooperado sobre o assunto no Diálogo Saudável que foi ao ar ano passado.

https://www.facebook.com/watch/?v=647157982473020&extid=910iePJcliR1xSdC

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