Rio Grande do Sul: Defesa Civil divulga nomes de mortos e desaparecidos; lista
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 431 foram afetados pelas fortes chuvas.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou uma lista com o nome dos mortos e desaparecidos nas enchentes. Desde o início da tragédia no Estado, no fim de abril, 107 pessoas perderam a vida e outras 134 seguem desaparecidas.
O balanço das enchentes no Rio Grande do Sul foi atualizado no fim da noite desta quinta-feira (9). Conforme a Defesa Civil, o número de pessoas desalojadas quase dobrou em 24 horas. Até o momento, 327.105 gaúchos precisaram deixar suas casas.
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 431 foram afetados pelas fortes chuvas.
No total, 1,74 milhão de gaúchos já foram afetados de alguma forma pelas enchentes. Entre eles, pessoas que perderam suas casas, estão sem luz, água ou comida.
Recursos para reconstruir o Rio Grande do Sul
O governador Eduardo Leite afirmou nesta quinta-feira (9) que serão necessários, ao menos, R$ 19 bilhões para executar o plano de reconstrução do Rio Grande do Sul.
“Pelas necessidades que observamos até o momento, esse é o montante que será necessário para financiar as políticas públicas e restabelecer lugares e vidas que foram afetados. O Estado vai ser especialmente demandado em estradas, habitação, crédito subsidiário e ações sociais para atender as pessoas atingidas”, pontuou o governador gaúcho.
O cálculo preliminar é uma estimativa, baseada nos esforços empregados para responder ao desastre ocorrido em setembro de 2023 no Vale do Taquari. A necessidade de recursos, entretanto, poderá ser ainda maior, com apoio à agropecuária e empresas, recuperação ou reconstrução de escolas, hospitais, rodovias, estradas, pontes, edificações e equipamentos públicos.
Também ontem, o Governo Federal anunciou que irá injetar R$ 50,9 bilhões em recursos ao Rio Grande do Sul, que vive a maior tragédia de sua história. O pacote foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visitou as áreas alagadas pelo menos duas vezes.
“Isso não termina aqui. Eu tenho dito aos ministros que nós temos que nos preparar porque a gente vai ter o tamanho da grandeza dos problemas quando a água baixar e quando os rios voltarem à normalidade”, disse Lula.
Por conta da urgência, o pacote visa a antecipação de benefícios, estruturação de projetos de logística e infraestrutura e, principalmente, o aporte de recursos para alavancar o crédito.
