Operação mira quadrilha que movimentou R$ 250 milhões com empresas de fachada no Paraná
Os investigados aliciavam moradores de rua para atuarem como “laranjas” no esquema.
Uma operação conjunta da Receita Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, realizam uma operação nesta sexta-feira (24) contra uma quadrilha suspeita de descaminho de eletrônicos. O esquema utilizava empresas de fachada e movimentou cerca de R$ 250 milhões, conforme a Receita.
Os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária e outros quatro de busca e apreensão em desfavor dos investigados, nas cidades de Apucarana e Medianeira, no Norte do Estado.
Essa é a segunda fase da operação contra o grupo criminoso. Segundo as investigações, empresas de fachada eram criadas para emitir notas fiscais falsas, com a finalidade de acobertar o transporte irregular de mercadorias contrabandeadas e descaminhadas.
Quadrilha aliciava moradores de rua como “laranjas”
A ação deflagrada nesta sexta-feira (24) mira os suspeitos identificados como líderes da quadrilha. Segundo a Receita e o Gaeco, os alvos seriam responsáveis por contratar um contador que criava mais de uma centena de empresas de fachada.
Os investigados também aliciavam moradores de rua e pessoas carentes para atuarem como “laranjas”.
As empresas falsas eram criadas em nome destas pessoas, na tentativa de acobertar o transporte de mercadorias ilícitas evitar fiscalizações.
Na primeira fase da Operação Falsa Impressão, o foco havia sido o contador da quadrilha.
A Receita estima que o esquema tenha causado um prejuízo aproximado de R$ 250 milhões de reais com as notas fiscais frias, nos anos de 2022 e 2023.