Livro destaca os 130 Anos da Imigração Ucraniana para o Brasil

Será lançado neste sábado (6), o livro ‘130 Anos da Imigração Ucraniana para o Brasil’, organizado pelo advogado Vitorio Sorotiuk, o jornalista e escritor Eduardo Sganzerla e o fotógrafo João Urban.

O livro (Editora Esplendor, 264 páginas) apresenta um amplo panorama da história da imigração, iniciada oficialmente em 1891, que hoje se consolida por meio dos quase 600 mil descendentes espalhados pelo país. Estes trazem consigo o legado de seus antepassados que, através do tempo, sempre buscam preservar e difundir a língua, suas tradições religiosas, culturais e culinária.

A publicação destaca todos os aspectos que envolvem os ucranianos vindos para o Brasil: as dificuldades dos primórdios da imigração, o gradativo fortalecimento político e social da comunidade por meio de suas entidades representativas, onde vivem hoje os descendentes, o papel das igrejas Católica e Ortodoxa, a difusão da cultura e costumes, por meio de seus grupos folclóricos de danças, os museus, as festas, até chegar a culinária, que caiu no gosto dos brasileiros.

“Assim como é a comunidade ucraniana no país, este livro é uma construção coletiva”, explica o escritor Eduardo Sganzerla, editor do livro. De fato, o trabalho tem a participação ativa de lideranças da comunidade ucraniana nacional e internacional, que escrevem textos exclusivos.

Como é o caso do professor Volodymyr Ivanovych Serhiychuk, titular da cadeira de história mundial da Universidade Nacional de Kiev Tarás Chevtchenko, doutor em História, autor de um precioso ensaio sobre a Ucrânia, no início. Emílio Gaudeda, professor, tradutor e escritor, escreve também sobre os primeiros ucranianos que chegaram ao Brasil, antes da imigração oficial. Mirna Slava Kirylowicz Voloschen, diretora do Museu Ucraniano de Curitiba e mulher de destaque da comunidade, escreve sobre a importância da Sociedade Ucraniana do Brasil em seus cem anos de existência.

O padre Mario Marinhuk, formado em Filosofia e Teologia, professor com doutorado em Ciências Eclesiásticas Orientais, faz um completo resumo sobre a história e o papel da igreja católica para união e desenvolvimento da comunidade. Andrei Choma, bacharel em Direito, membro atuante da comunidade na área cultural, resume em seu texto: “Quando a primeira família de imigrantes ucranianos pisou em solo brasileiro, estava criando uma nova cultura, a cultura dos ucranianos do Brasil. Ainda que seja semelhante, é diferente daquela encontrada em território ucraniano ou em outros países da diáspora. De qualquer forma, a riqueza da cultura ucraniana no Brasil é, sem dúvida, o traço mais marcante e importante para a compreensão de quem é o povo ucraniano, quem foram os imigrantes, quem são os descendentes e qual será o futuro da comunidade ucraniana do Brasil”.

Vitorio Sorotiuk, presidente da Representação Central Ucraniano-Brasileira, que coordenou o projeto do livro, explica que os ucranianos, deram e continuam dando uma importante contribuição para a construção do Brasil moderno. A presença dos imigrantes e de seus descendentes está em todas as áreas: na educação, cooperativismo, medicina, arquitetura, engenharia, poesia, literatura e artes, de forma muito especial. “Este livro traz exemplos importantes de pessoas que se destacaram e se destacam nesses campos pela dedicação e brilhantismo intelectual. Mas também ressalta a importância, quase sempre esquecida, das humildes famílias de imigrantes do campo que construíram a nação brasileira”, diz ele.

Data: 6 de abril;
Horário: 14h;
Local: Sociedade Ucraniana do Brasil – Alameda Augusto Stelfeld, 793, Centro.

Horário: 19h30
Local: Clube Poltava (Ukrabar) – Rua Pará, 1.035, Água Verde.