“Levo meu tempo”, de Marta Berger, inaugura neste sábado (25), em Curitiba
São mais de 30 obras, sendo 20 telas e 17 desenhos, a maioria produzidos durante o período de isolamento da pandemia de covid-19
A artista gaúcha, Marta Berger traz a Curitiba a exposição “Levo meu tempo”, na Artestil Galeria de Arte, no Batel. A mostra começa no dia 25 de março e estará aberta ao público até o dia 29 de abril. São mais de 30 obras, sendo 20 telas e 17 desenhos, a maioria produzidos durante o período de isolamento da pandemia de covid-19. Há ainda duas duas esculturas que já fazem parte do acervo da galeria.
O nome, “Levo meu tempo”, é um convite à reflexão sobre o tempo de produção de cada obra, os momentos da pandemia e o presente. O período pandêmico marca uma particularidade na produção de Marta: as obras agora estão mais coloridas “as cores me salvaram, porque eram elas que traziam alegria pra mim”, conta, relembrando a fase do isolamento por questões sanitárias.
REFERÊNCIAS
A produção se volta para a família, sua relação com a mãe e as irmãs. As obras conversam com suas primeiras influências, a arte sacra, o vestido da missa de domingo — que era, inclusive, herdado da irmã mais velha.
Marta nasceu em 1964, em São Leopoldo. De família alemã, cresceu vendo a mãe pintando ovinhos de páscoa para vender na quaresma. Ela ajudava na criação dos personagens. Buscava inspiração nos quadrinhos de Pato Donald, Mickey Mouse e toda a turma Disney que virou coelho no trabalho com a família.
O que levou Marta à faculdade de artes foi o desejo de ser professora. Já tinha feito magistério e chegou a dar aula para turmas de ensino fundamental. No entanto, foi o trabalho artístico que a fez seguir outro caminho. Marta conta que, à medida que foi avançando com os murais, desenvolvendo sua linguagem e estética, estudando as formas de inseri-los na arquitetura e nos espaços públicos, optou por se dedicar exclusivamente às suas obras. Enquanto muralista, fez cursos por aqui, no Brasil, e fora do país.
Marta sempre desenhou. Para ela, o desenho é como um diário, é cotidiano, dado seu formato e a mobilidade da caneta e papel. É a base de qualquer projeto. Pode virar uma escultura, algo tridimensional ou uma pintura, e ganhar cor. Já nas telas, o processo é outro. Elas acontecem no encontro do pincel com o quadro. É um fluxo de consciência, livre associação, é íntimo, solitário, silencioso, como são as mulheres das suas pinturas. A artista mantém ateliê em duas cidades, Curitiba e Florianópolis.
SERVIÇO
Exposição “Levo meu tempo”
Data: 25 de março até 29 de abril
De segunda a sexta-feira, das 9h30 às 18h30, e sábado, das 9h30 às 13h30
Artestil Galeria de Arte, Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1663
A abertura no sábado (25) será das 11h às 13h30