Estudante de Curitiba é reconhecida em feira de ciências nacional
Grazyella Fernandes foi premiada na Febrace, a 21.ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, com app para auxiliar jovens em condição de sofrimento mental.
Aos 16 anos, a estudante Grazyella Luna Barlatti Fernandes, de Curitiba, foi a premiada na categoria Humanas, da Febrace, a 21.ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Ela desenvolveu um aplicativo para auxiliar jovens e adolescentes em condição de sofrimento mental.
O MentalSaurus ajuda o usuário a identificar alguma situação emocionalmente desgastante e recomenda exercícios respiratórios e atividades a serem feitas para aliviar o nível de estresse. Em casos mais graves, o app pode orientar que o usuário procure ajuda psicológica ou psiquiátrica.
“São quase três anos de pesquisas, que impactaram o projeto e ele foi se ajustando. A ideia é oferecer um apoio e compartilhar informações sobre saúde mental, até mesmo para derrubar tabus que envolvem o tema”, conta Grazyella. O trabalho começou em meados de 2020, quando ela percebeu as necessidades sociais causadas pelo distanciamento provocado pela pandemia de Covid-19.
OBJETIVO É AJUDAR
Apesar da pouca idade – na época em que começou os estudos para o desenvolvimento do app a jovem tinha 14 anos – o foco de Grazyella sempre foi ajudar os colegas de alguma forma. A premiação ainda não estava nos planos. “Mesmo não imaginando que poderia ser finalista da Febrace, eu sabia que precisava que o meu projeto tivesse notoriedade para chegar a quem mais precisava”, revela. “Só não imaginava que ele fosse tão longe. Foi muito emocionante”, comemora.
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) aconteceu em março, na Universidade de São Paulo (USP), e contou com 200 finalistas de todo o Brasil. O movimento nacional busca estimular jovens cientistas e, anualmente, realiza uma grande mostra de projetos na USP. A intenção é incentivar a criatividade e a reflexão em estudantes da Educação Básica por meio de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas da Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Ao todo, foram 200 projetos finalistas, dos 27 estados.
A jovem teve a orientação das professoras Larissa Assis Barony Valadares Fonseca (orientadora) e Flávia Roberta Amend Gabardo (coorientadora), do Colégio Positivo, onde estuda. Com a iniciativa, ela já tinha sido destaque na Mostra Brasileira de Inovação, Pesquisa Científica e Empreendedorismo (Mobipe), realizada pelos colégios do Grupo, em 2021.
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MENTALSAURUS
Para usar o aplicativo, é só acessar a página do projeto e responder a 20 perguntas (SRQ-20) que podem ajudar a identificar a situação de estresse ou de sofrimento emocional.
O assistente virtual Brachio informa e reforça a necessidade de procurar um profissional da área da saúde mental para obter um diagnóstico completo. Isso porque o teste serve apenas para auxiliar na identificação de doenças mentais, de acordo com os sintomas identificados nas respostas do questionário.
Na página, também é possível acessar algumas ferramentas para meditação e exercícios de respiração.
A intenção de Grazyella é que, ainda em 2023, ela consiga expandir o projeto. “Eu planejo que ele possa ser instalado por meio das lojas de aplicativos de celular, para facilitar o acesso das pessoas”
