Em ano de pandemia, importações de insumos hospitalares avançam 994%
Em 2020, o Brasil comprou mais de 2,5 bilhões de insumos hospitalares essenciais para o enfrentamento da Covid-19. No pr..
Em 2020, o Brasil comprou mais de 2,5 bilhões de insumos hospitalares essenciais para o enfrentamento da Covid-19. No primeiro ano da pandemia, o salto foi 994% em relação a 2019.
Os itens mais comprados foram as seringas, (1.158.837.892), seguidas por máscaras (1.345.806.277,89) e luvas (46.059.475). As compras totalizaram o equivalente a R$ 2,3 bilhões.
China, Estados Unidos, Malásia e Suíça lideram os índices de exportações para o Brasil em 2020. A China, por exemplo, forneceu pouco mais da metade de todas as máscaras compradas.
Em relação às seringas, a maior parte é de origem estadunidense (18%). Já a Malásia lidera o ranking de importação de luvas (38%).
O levantamento é da startup Logcomex, especializada em inteligência de dados para exportação.
“Produtos que antes pareciam não ter tanta importância passaram a ser essenciais, ganharam destaque no mercado e isenção de impostos”, avalia o CEO da companhia, Helmuth Hofstatter.
Recentemente, o colegiado da Camex (Câmara de Comércio Exterior), vinculada ao Ministério da Economia, aprovou a redução das tarifas de importação de mais 25 produtos.
EXPORTAÇÕES DE OXIGÊNIO CAÍRAM
Ao contrário do que a crise sanitária sugere, o levantamento indica que o Brasil exportou menos cilindros de oxigênio. Foram 397.751 mil cilindros em 2020, contra 635.994 no ano anterior.
A maior parte do produto vem dos Estados Unidos. Conforme a disponibilidade da carga pelo vendedor, o processo de importação gira em torno de 30 a 40 dias.
“Esse prazo é crítico em situações de urgência, como a que ocorreu em Manaus. É mais complicado ao avaliar que o mesmo pode ocorrer em outros estados”, explica Pedro Rodrigo de Souza, gestor de operações da Pinho Logística.
De acordo com a LogComex, mais da metade dos cilindros de oxigênio, importados em 2020 vieream dos Estados Unidos (52%), seguidos pela Dinamarca (19%), Paraguai (6%) e Holanda (4%).