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Argentina produz primeiro lote da vacina Sputnik V na América Latina

Argentina produz primeiro lote da vacina Sputnik V na América Latina

O primeiro lote da vacina Sputnik V foi produzido na Argentina, informou nesta terça-feira (20) o RDIF (Fundo Russo de I..

Redação - terça-feira, 20 de abril de 2021 - 15:46

O primeiro lote da vacina Sputnik V foi produzido na Argentina, informou nesta terça-feira (20) o RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto). O imunizante é produzido pelo Laboratório Richmond, localizado na província de Buenos Aires.

Primeiro país da América Latina a aprovar e usar o imunizante em profissionais da área da saúde, a Argentina também foi o primeiro país do continente a iniciar a produção própria da vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.

Segundo o comunicado, o primeiro lote produzido em Buenos Aires será remetido à Moscou para que os cientistas russos realizem testes de qualidade. “Está previsto que a produção em grande escala da Sputnik V na Argentina comece em junho”, informou o RDIF.

SPUTNIK V NA ARGENTINA

A vacina russa contra a covid-19, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, é aplicada na Argentina desde dezembro de 2020. O país foi o primeiro das Américas a autorizar o uso deste imunizante.

Em fevereiro deste ano, o Laboratório Richmond entrou em acordo com o RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto) para viabilizar a produção da Sputnik V na Argentina.

O laboratório fica instalado no município de Pilar, na província de Buenos Aires. O Richmond anunciou investimentos estimados em US$ 80 milhões para os próximos cinco anos.

PARANÁ PERDEU O PROTAGONISMO

Anunciada com entusiasmo pelo governo do Paraná, em setembro de 2020, a Sputnik V enfrentou problemas técnicos no Brasil e ainda não foi testada em território nacional. O Instituto Gamaleya de Moscou tem um acordo de cooperação técnica com o Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná).

Ao fazer o anúncio oficial da parceria com os russos, o Palácio Iguaçu afirmou que submeteria o protocolo de validação da fase 3 dos ensaios clínicos da Sputnik V até o final de setembro. No entanto, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) nunca foi acionada.

Segundo o Tecpar, após a assinatura do memorando de entendimentos para cooperação técnica entre o governo do Paraná e o RDIF, o órgão trabalhou na tradução dos relatórios e na elaboração da documentação exigida pela Anvisa.O Tecpar afirmou que revisões feitas pelo Fundo de Investimento Direto da Rússia travaram as ações de cooperação do instituto paranaense no projeto.

Meses depois, o governo da Bahia surgiu como novo parceiro do Instituto Gamaleya no Brasil. Posteriormente, a farmacêutica União Química, de São Paulo, assumiu a dianteira do projeto e passou a negociar com a Anvisa.

SPUTNIK V USA TECNOLOGIA SEMLHANTE À VACINA DE OXFORD

Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, utiliza de adenovírus modificados para provocar resposta imune contra a Covid-19. Segundo o governo russo, a eficácia é de 92%. Em duas doses, a proteção chega a 95%.

A tecnologia da vacina russa, conhecida como vetor viral, é a mesma usada pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. Em dezembro de 2020, a Inglaterra aprovou o uso deste imunizante para idosos e profissionais da saúde.

A vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, é outro imunizante baseado na técnica do vetor viral. Os resultados da fase 3 de testes apontaram para uma eficácia de 66% para casos leves e moderados e 76% para casos graves após 14 dias de aplicação.

vacina, vacinas, imunização, coronavírus, covid-19, pandemia, farmácia, farmacêutico, medicina, técnica, tecnologia, vetor viral O gene do patógeno é inserido dentro de outro vírus, simulando uma infecção sem causar a doença (Reprodução/OMS/Nature)

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