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Anvisa retira exigência sobre estudo da fase 3 e facilita aprovação da Sputnik V no Brasil

Anvisa retira exigência sobre estudo da fase 3 e facilita aprovação da Sputnik V no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai modificar os requisitos para aprovação de vacinas contra covid-1..

Redação - quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021 - 15:14

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai modificar os requisitos para aprovação de vacinas contra covid-19 no Brasil. Segundo a CNN Brasil, a agência reguladora vai retirar a exigência de ter estudos da fase 3 no país para obter a aprovação em caráter emergencial. A medida deverá ser oficializada em breve. O momento da decisão é de pressão sobre a Anvisa por conta da liberação do uso emergencial da vacina russa Sputnik V.

Ontem (2), a revista científica The Lancet publicou uma revisão sobre os dados da vacina russa e assegurou eficácia de 91,6%. A análise levou em conta 19.866 voluntários, que receberam a primeira e a segunda doses da vacina.

Vale lembrar que em meados de janeiro, a Anvisa devolveu um pedido de autorização da aplicação da Sputinik V no Brasil. A justificativa havia sido justamente a realização dos estudos da fase 3. Em resposta, o fundo de investimento russo, responsável pelos investimentos da vacina, disse que forneceria mais dados à Anvisa.

A mudança da Anvisa também pode estimular mais outros laboratórios internacionais a registrarem vacinas no Brasil. É o caso da empresa indiana Bharat Biotech, responsável pelo desenvolvimento da Covaxin.

SPUTNIK V JÁ É APLICADA EM OUTROS PAÍSES

A vacina russa Sputinik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, e foi o primeiro imunizante registrado no mundo.

Diversos países, como Argentina, Bolívia, Paraguai e Venezuela, além da própria Rússia, já aprovaram o uso emergencial e aplicam a vacina na população. Na Argentina, 99,3% das reações atribuídas à Sputnik V foram leves ou moderadas. Os cidadãos argentinos começaram a ser imunizados em dezembro.

ANVISA APROVOU DUAS VACINAS ATÉ AGORA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no dia 17 de janeiro, de forma unânime, o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, desenvolvidas no país pelo Instituto Butantan e Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), respectivamente. A reunião contou com votação de cinco diretores e durou pouco mais de cinco horas.

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