Economia
Paranaenses são os mais endividados do país, aponta pesquisa

Paranaenses são os mais endividados do país, aponta pesquisa

95% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida em setembro, como cartão de crédito, financiamento de veículo e financiamento imobiliário.

Redação - terça-feira, 11 de outubro de 2022 - 11:39

Os consumidores paranaenses são os mais endividados do Brasil. É o que revela uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

Depois de atingir o pior índice em 11 anos, ao chegar a 95,8% em agosto, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem (10), mostra que 95% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida em setembro.

As dívidas se concentram principalmente no cartão de crédito, com 84,5%. Outros motivos para endividamento são o financiamento de veículo (8,3%) e o financiamento imobiliário (6,3%).

Fonte: Fecomércio PR

O cenário nacional é de aumento do endividamento, que passou de 79% para 79,3%. O Paraná é o estado com maior percentual de endividados do país, seguido pelo Rio Grande do Sul (94,1%) e Rio de Janeiro (90,3%). Entretanto, os paranaenses não são os mais inadimplentes e ocupam a 16º posição nacional, com 26% dos endividados com contas em atraso. O estado com maior percentual de famílias inadimplentes é Minas Gerais, com 43,7%.

Já os paranaenses que reconhecem não ter condições de quitar seus débitos correspondem a 8,2%, com ligeiro aumento em relação ao agosto, quando 8% dos endividados não tinham condições de pagar as dívidas.

O endividamento reduziu sobretudo entre as famílias com renda até dez salários mínimos, ao passar de 96,4% em agosto para 95,6% em setembro. As condições de pagamento também melhoraram nesta faixa de renda: em agosto, 28,6% possuíam contas em atraso e em setembro foram 27,9%. A parcela dos que não terão condições de quitar suas dívidas ficou praticamente estável, com 9,3% ante 9,4% em agosto.

Entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos o endividamento caiu de 92,7% em agosto para 92,2% em setembro, porém com elevação no percentual de famílias com contas atrasadas, que aumentou de 16,4% para 17,4%, bem como as que não terão condições de pagar, que passaram de 3% para 4,2% na variação mensal.

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