Paraná registra o maior crescimento do país nas exportações
Um dos principais fatores que contribuíram com a melhora da balança comercial paranaense foi o aumento das exportações de cereais.
O Paraná registrou o maior crescimento do país nas exportações no 1º trimestre de 2023. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações paranaenses totalizaram US$ 5,08 bilhões no período.
O valor representa um crescimento de US$ 528,3 milhões em relação ao mesmo período de 2022, quando o Estado exportou US$ 4,56 bilhões. Esse é o maior aumento em valores absolutos nas vendas ao exterior entre as unidades federativas nos três primeiros meses do ano.
Em números proporcionais, a alta das exportações do Paraná foi de 11,6% no primeiro trimestre, marca que coloca o Estado à frente dos demais estados do Sul e do Sudeste.
A China segue como principal destino dos produtos paranaenses. O gigante asiático importou US$ 779 milhões em bens produzidos no Estado no período – queda de 17,2% em relação ao mesmo período de 2022.
Por outro lado, as exportações estaduais para a França, Japão, Argentina e o México aumentaram 177,4%, 172,5%, 47,3% e 38,7%, respectivamente.
Exportações de cereais e perspectivas em alta
Um dos principais fatores que contribuíram com a melhora da balança comercial paranaense foi o aumento das exportações de cereais, tendo o milho como principal destaque, que saltaram de US$ 78 milhões para US$ 377 milhões, um acréscimo de 381,7% entre os dois trimestres analisados.
Outros produtos com impacto significativo na elevação das vendas ao exterior no período foram o óleo de soja bruto, o farelo de soja e a carne de frango in natura, com variações positivas de 120%, 30,8% e 23,9% respectivamente
Para o diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Jorge Callado, as taxas de crescimento das exportações estaduais poderão ter crescimentos ainda mais relevantes nos próximos meses por causa da aceleração dos embarques dos grãos de soja.
“Devido a um regime de chuvas mais intenso no início deste ano, houve um atraso na colheita da soja, o que deverá deslocar uma parcela importante das exportações da oleaginosa para o 2º trimestre”, explica.