Economia
Paraná registra crescimento na balança comercial em março

Paraná registra crescimento na balança comercial em março

O resultado foi obtido devido à alta de 13% nas exportações, na comparação com março do ano passado, que somaram US$ 2 bilhões.

Vinicius Cordeiro - quinta-feira, 27 de abril de 2023 - 13:07

Com superávit de US$ 288 milhões, o Paraná teve crescimento na atividade de comércio exterior no mês de março.

Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior, mais de 50% do saldo acumulado da balança comercial paranaense, no primeiro trimestre de 2023, de US$ 569 milhões, foi alcançado neste terceiro mês. 

O resultado dessa alta é consequência do aumento de 13% nas exportações, na comparação com março do ano passado, que somaram US$ 2 bilhões. As exportações desse ano já chegaram à marca de US$ 5,1 bilhões.

Com este desempenho, o Paraná figura na quinta colocação no ranking nacional de exportações, representando mais de 6% de tudo que o Brasil vendeu externamente. 

Além disso, o Estado o maior exportador do Sul do país, sendo responsável por 42% de tudo que a região negociou no mercado internacional.

A redução de 4,8% nas importações também contribuiu para o superávit mensal. As compras de materiais importados chegaram a US$ 1,7 bilhão. No acumulado de janeiro a março, são US$ 4,5 bilhões em produtos adquiridos, 3,8% menos do que foi obtido no mesmo intervalo do ano anterior. O Paraná é o quarto maior importador do país (7,8% do total) e o segundo do Sul, superado por Santa Catarina, respondendo por 31% das compras vindas de outros países.

MERCADOS

Em março, a economia do Paraná exportou mercadorias e serviços para 175 países. 

Cerca de 43% das vendas estão concentradas em cinco países. A China é o principal, com 21% e tendo negociado US$ 779 milhões com o estado.

Argentina (9%) aparece em seguida, na frente de Estados Unidos (6%), México (4%) e Japão (3%).

No acumulado dos três primeiros meses do ano, a China mantém a liderança nas importações, tendo negociado US$ 939 milhões com o estado, porém, com redução de 38% em relação ao que foi adquirido no mesmo período do ano passado. 

Estados Unidos, que também vendeu 25% menos ao Paraná, teve US$ 434 milhões negociados de janeiro a março. Em seguida, aparecem Argentina (US$ 312 milhões e aumento de 124%), Rússia (US$ 295 milhões e alta de 77%) e Alemanha (US$ 249 milhões e alta de 33%).

PRODUTOS COMERCIALIZADOS NO PARANÁ

Os itens mais vendidos pelo estado em março foram soja (28% do total), carnes (20%), material de transporte (9%), madeira (6%) e cereais (5%). Estes cinco itens juntos representam 69% do total exportado no mês. 

Produtos químicos lideraram as importações em março, respondendo por 28% da pauta. Depois aparecem petróleo (16,5%), material de transporte (16%), produtos mecânicos (10%) e materiais elétricos e eletrônicos (5%). Estes cinco itens representam 76% de tudo que o estado comprou de fora no mês. 

O analista de Assessoria Econômica e de Crédito da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, avalia que a taxa de câmbio contribuiu para o resultado de março no Paraná. O valor foi de R$ 5,2115 por dólar, uma desvalorização da moeda brasileira de 0,77%, na comparação com o mês anterior, e de 4,89%, em relação ao mesmo mês do ano passado. 

“Este comportamento é favorável às exportações porque a mercadoria paranaense fica mais competitiva para ser negociada lá fora”, explica.

Outro fator positivo foi a divulgação do crescimento do PIB chinês acima do esperado.

“Após o fim das políticas restritivas contra a covid 19 no país, o consumo neste mercado deve aumentar. Sendo a China um dos principais parceiros do Paraná, o cenário fica mais favorável para os próximos meses”, reforça Felippe. 

O economista ainda aponta que a perspectiva de investimentos no Brasil para 2023, divulgada pelo Banco Central, em torno de US$ 80 bilhões, é um fator positivo. “Se essas projeções se confirmarem, os investimentos contribuem com o aumento na produção industrial e na maior geração de emprego e renda no país”, conclui.

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