Economia
Modelo japonês deve fortalecer exposição de produtos regionais no Paraná

Modelo japonês deve fortalecer exposição de produtos regionais no Paraná

As Michi-no-Eki (em português, estações de estrada), vendem produtos locais e fornecem informações turísticas, fortalecendo o desenvolvimento regional

Redação - sexta-feira, 17 de março de 2023 - 19:16

Um sistema de parada para descanso nas rodovias criado no Japão deve ser replicado no Paraná. As Michi-no-Eki (em português, estações de estrada), vendem produtos locais e fornecem informações turísticas, fortalecendo o desenvolvimento regional com sustentabilidade. Segundo o governo, a ideia é trazer o modelo para o estado com o nome “Ponto Paraná”. O programa é desenvolvido com apoio da província de Hyogo pela Invest Paraná, agência de captação de investimentos vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (Seic), em parceria com outras pastas do Governo.

As instalações devem começar pelas cidades de Morretes (Litoral), São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), Guarapuava (Centro)  e Juranda (Centro-Oeste), onde já há produção dentro do programa “Vocações Regionais Sustentáveis” (VRS). O convênio entre o Governo do Estado e os municípios está sendo firmado pela Secretaria Estadual de Cidades.

“É sem dúvida um projeto inovador e que precisa ser levado a diversos países. A nossa proposta é instalar uma estação em cada região turística do Estado, proporcionando infraestrutura para alavancar a geração de emprego e renda dos paranaenses, com foco no desenvolvimento do turismo sustentável e regional”, afirmou o governador Ratinho Junior (PSD), que visitou os pontos em viagem ao Japão com uma comitiva paranaense.

SISTEMA MICHI-NO-EKI 

O sistema se baseia em estações multiuso que impulsionam ações regionais para o desenvolvimento sustentável. Seguindo o modelo japonês, as estações paranaenses vão operar 24 horas, oferecendo estacionamento gratuito, pontos de descanso, sanitários, alimentação e informações turísticas da região. O foco principal, entretanto, será a comercialização de produtos locais cadastrados no programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS).

O programa da Invest Paraná apoia produtores locais a inserir sua produção no mercado, inclusive para exportação, a partir do fortalecimento de uma marca conjunta da própria região em que atuam. Assim, cria-se renda e mantém-se a tradição de produtos locais, além de incentivar a produção sustentável.

É o caso da cachaça e da bala de banana de Antonina ou a erva mate produzida na região Centro-Sul do Estado – três dos produtos que compõem o kit de produtos tradicionais paranaenses que o governador Ratinho Junior entregou para as autoridades na missão.

O modelo do Ponto Paraná vem sendo desenvolvido há dois anos pelo Governo do Paraná em cooperação entre a província de Hyogo e a Invest Paraná. Como resultado, já foi desenvolvido o Caderno de Encargos de Projeto contendo os estudos técnicos de implantação; definição de governança e operação; estudo de viabilidade econômico-financeiro dos pilotos; e o Anteprojeto Arquitetônico, feito em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

A Invest Paraná coordena o Ponto Paraná em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Secretaria das Cidades, Paranacidade e instâncias de governança regionais de turismo com a colaboração dos mais de 20 parceiros do Programa de Vocações Regionais Sustentáveis.

No programa Ponto Paraná, os espaços terão um papel fundamental na inclusão da cultura local. A comunidade onde a estação for instalada terá a oportunidade de vender seus produtos, aprimorar o turismo sustentável e a promoção de eventos. Todas as estações vão oferecer uma estrutura padrão, mas poderão incorporar estruturas e serviços extras, de acordo com interesse da comunidade e viabilidade.

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