Economia
Inflação de alimentos acelera 0,63% no Paraná, diz Ipardes

Inflação de alimentos acelera 0,63% no Paraná, diz Ipardes

A alta dos preços em fevereiro foi puxada pelo aumento da laranja pêra (+ 9,65%), dos ovos de galinha (+ 8,99%) e do leite integral (+ 8,26%)

Angelo Sfair - terça-feira, 7 de março de 2023 - 15:00

O levantamento de preços feito mensalmente pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) revela que alimentos e bebidas ficaram 0,63% mais caros em fevereiro, na comparação com o mês anterior.

O Índice de Preços Regional do Paraná (IPR-PR) é calculado com base nas notas fiscais emitidas por 366 estabelecimentos comerciais das seis maiores cidades do estado – Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

A maior variação de preços foi registrada em Ponta Grossa (1,14%). A menor, em Foz do Iguaçu (0,01%). Na capital, Curitiba, os 35 itens que compõem do IPR-PR ficaram, em média, 0,78% mais caros no mês passado.

A alta do Índice de Preços Regional do Paraná em fevereiro foi puxada pelo aumento de preço da laranja pêra (+ 9,65%), dos ovos de galinha (+ 8,99%) e do leite integral (+ 8,26%).

Segundo o Ipardes, nos últimos 12 meses, o IPR-PR acumula uma alta de 13,01%. Ampliando o recorte para 24 meses, o aumento de preços de alimentos e bebidas chega a 27%.

“Essa variação acumulada em 12 meses reflete as interferências climáticas no ano passado, que prejudicaram a produção, e também a alta do trigo no mercado mundial”, explicou o sociólogo Marcelo Antonio, coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Ipardes.

O sociólogo também aponta o aumento nos custos de importação, causado pela desvalorização do real frente ao dólar, como outro fator determinante para a subida de preços no setor.

IPR-PR: ALIMENTOS E BEBIDAS

O Índice de Preços Regional do Paraná (IPR-PR) foi lançado em dezembro de 2022 e utiliza os registros da Receita Estadual do Paraná para acompanhar a evolução da inflação de alimentos e bebidas.

Os 35 produtos avaliados foram escolhidos com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses.

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