Economia
Inadimplência das empresas recua em fevereiro
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Inadimplência das empresas recua em fevereiro

No período analisado, as dívidas somaram R$ 130 bilhões

Mirian Villa - terça-feira, 16 de abril de 2024 - 09:43

A inadimplência das empresas recuou em fevereiro: foram contabilizados 6,6 milhões de CNPJs no vermelho. O número registrado retorna ao patamar de estabilidade. É o que aponta dados da Serasa Experian.

No período analisado, as dívidas somaram R$ 130 bilhões com o ticket médio de cada débito estimado em R$ 2.745,6. No mês, a maior parte das dívidas das empresas inadimplentes eram com Indústrias, Terceiro Setor e Primário, classificados como “Outros” (28,5%). Já o setor de “Securitizadoras” foi o que menos registrou débitos vencidos (1,0%). 

O indicador também mostrou que mais da metade das empresas inadimplentes em fevereiro eram do segmento de “Serviços” (55,0%), e os negócios do “Comércio” ficaram em segundo lugar (36,3%). Na visão por regiões, São Paulo liderou o ranking das Unidades Federativas com mais empresas inadimplentes (2.163.730), seguido por Minas Gerais (584.245), Rio de Janeiro (558.853) e Paraná (406.912).

Roraima foi o estado com menos CNPJs no vermelho em fevereiro (9.680). Do total de 6,6 milhões de empresas inadimplentes em fevereiro, 6,3 milhões eram Micro e Pequenas Empresas (MPEs), das quais somavam mais de R$ 43 milhões de dívidas e indicavam a média de 6,9 contas atrasadas por CNPJ no Brasil. 

As UFs que lideraram o ranking com mais Micro e Pequenas Empresas inadimplentes foram São Paulo (2.028.087), Minas Gerais (584.245) e Rio de Janeiro (558.853). A perspectiva para os próximos meses é de que as companhias recuperem parte de sua robustez, contribuindo para a diminuição do avanço da insolvência no país. 

“A redução da taxa Selic e a diminuição da inflação foram fatores que impactaram o bolso dos brasileiros, que designaram recursos para pagar suas contas. E esses pagamentos são destinados a empresas que ganham mais fôlego para liquidarem seus próprios débitos e diminuir a inadimplência. Outro impacto direto que as reduções trazem para a saúde financeira é que quanto menor a taxa de juros, menor é a despesa financeira que os negócios incorrem, aliviando o caixa e permitindo às companhias trocar dívidas velhas e caras por dívidas novas e mais baratas”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. 

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