Economia
Exportações do Paraná batem recorde pelo 5º mês consecutivo

Exportações do Paraná batem recorde pelo 5º mês consecutivo

A soja respondeu por quase metade de todas as vendas do Paraná ao exterior. Os produtos desse complexo representaram 44% das exportações em maio

Redação - quinta-feira, 22 de junho de 2023 - 19:05

Dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) apontam que as exportações paranaenses alcançaram o maior valor para o mês de maio desde o início da série histórica, em 1997. Foram movimentados US$ 2,5 bilhões, o que representa um salto de 26% na comparação com maio de 2022.

Nos primeiros cinco meses de 2023, o Paraná obteve um resultado 15% superior ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, foram US$ 9,8 bilhões movimentados pelo produtos vendidos ao exterior.

As importações tiveram redução de 26% em maio, contribuindo para que o resultado da balança comercial registrasse uma diferença de US$ 824 milhões. No ano, o superávit acumulado chega a US$ 2,157 bilhões.

A China foi responsável por 31% das exportações paranaenses em maio. Na sequência, aparecem: Argentina (7%), Estados Unidos (5,8%), México (4,4%) e Japão (3,2%).

A soja respondeu por quase metade de todas as vendas do Paraná ao exterior. Os produtos desse complexo representaram 44% das exportações em maio. Depois, aparecem as carnes (12%), material de transporte (7%), mecânica (5%) e madeira (4,5%).

“Mesmo diante das projeções dos analistas de mercado sobre um menor crescimento da economia mundial, em comparação com o ano anterior, o Paraná conseguiu obter resultados positivos”, explica o analista da Fiep Evânio Felippe.

Segundo ele, o resultados expressivos na atividade de comércio exterior é um bom indicador para a indústria, considerando que a maioria das mercadorias exportadas passam por processos industriais.

Com a melhora do cenário na economia nacional, a expectativa é de que existam mais brechas para aumento dos investimentos estrangeiros no país e melhores perspectivas de negócios para as empresas nacionais. 

“Com as sinalizações do Governo Federal em relação ao arcabouço fiscal, um mercado mais seguro no controle dos gastos públicos também é mais propício a investimentos. Com mais recursos entrando e inflação sob controle, o Brasil se torna mais atrativo e os investimentos podem gerar aumento de produção e mais possibilidades de abertura de vagas no mercado de trabalho”, conclui Felippe.

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