Economia
Desemprego recua no Paraná e em outros cinco estados, diz IBGE
Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Desemprego recua no Paraná e em outros cinco estados, diz IBGE

O Paraná registrou redução de – 0,8 ponto percentual; no Brasil, a taxa de desemprego recuou para 8,7%, menor patamar desde 2015.

Leonardo Vieceli - Folhapress - quinta-feira, 17 de novembro de 2022 - 10:17

A taxa de desemprego caiu no Paraná e em outros cinco estados e ficou estável em 21 unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta quinta-feira (17) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

O Paraná registrou redução de – 0,8 ponto percentual no comparativo com o trimestre anterior. Os estados de Minas Gerais (-0,9 p.p.), Maranhão (-1,1 p.p.), Acre (-1,8 p.p.), Ceará (-1,8 p.p.) e Rondônia (-1,9 p.p.) também registraram queda no desemprego.

Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos

No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 8,7% no terceiro trimestre. É o menor patamar desde o segundo trimestre de 2015 (8,4%)

Já o número de desempregados no país recuou para 9,5 milhões. É o menor nível desde dezembro de 2015 (9,2 milhões)

Segundo as estatísticas oficiais, a população desocupada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse cálculo

Após os estragos causados pela pandemia, o mercado de trabalho foi beneficiado pela vacinação contra a Covid-19. O processo de imunização permitiu a reabertura dos negócios e a volta da circulação de pessoas

Às vésperas das eleições, o governo Jair Bolsonaro (PL) também buscou aquecer a economia com liberação de recursos, cortes de impostos e ampliação do Auxílio Brasil. Bolsonaro foi derrotado no pleito por Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A queda do desemprego, a partir do ano passado, foi acompanhada pela criação de vagas com salários mais baixos na média. A renda ficou fragilizada em um contexto de inflação elevada, e só começou a dar sinais de melhora recentemente

Economistas veem chance de a taxa de desocupação ficar mais próxima de 8% até dezembro no Brasil. A reta final do ano costuma ser marcada por contratações temporárias em razão da demanda sazonal em setores como o comércio

O varejo brasileiro deve contratar 109,4 mil trabalhadores temporários para o Natal de 2022, conforme projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Se a previsão for confirmada, será o maior número em nove anos – ou desde 2013

Em 2023, a retomada do mercado de trabalho tende a perder ímpeto, sinalizam economistas. Pesa nessa avaliação o efeito dos juros elevados, que desafia os investimentos produtivos das empresas e o consumo das famílias.

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