Economia
Cesta básica sobe em Curitiba e outras 16 capitais, diz Dieese

Cesta básica sobe em Curitiba e outras 16 capitais, diz Dieese

Entre os itens que puxaram as altas em fevereiro está o feijão, cujo preço subiu em todas as capitais, além do café e o óleo de soja

Redação - quarta-feira, 9 de março de 2022 - 15:33

O custo da cesta básica de alimentos aumentou em Curitiba em fevereiro, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento divulgado nesta quarta-feira (9) pelo órgão aponta ainda alta nas demais 16 capitais pesquisadas, com destaque para Porto Alegre (3,4%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e a capital paranaense (2,57%).   

Em 12 meses, comparando fevereiro com o mesmo mês de 2021, as maiores altas ocorreram em Campo Grande (23%), Natal (19,9%) e Recife (16,9%).

A cesta de alimentos mais cara é a de São Paulo, que custa R$ 715,65, seguida pelas de Florianópolis (R$ 707,56), do Rio de Janeiro (R$ 697,37) e de Porto Alegre (R$ 695,91). Apesar de ter o maior custo do conjunto de itens básicos, a cesta do paulistano foi a que teve o menor aumento em fevereiro (0,25%). Em Florianópolis, houve alta de 1,72% e de 0,66% no Rio de Janeiro em fevereiro.

Aracaju tem a cesta mais barata, estimada em R$ 516,82, após a elevação de 1,77% em fevereiro. No Recife, a cesta teve aumento de 1,12% e foi a segunda mais barata (R$ 549,20). Em João Pessoa, terceira cesta com menor valor, houve variação de 1,98%, ficando em R$ 549,33.

Produtos em alta

Entre os itens que puxaram as altas em fevereiro está o feijão, cujo preço subiu em todas as capitais. Em Belo Horizonte, o feijão carioquinha chegou a subir 10,14%. O feijão preto teve elevação de 7,25% no Rio de Janeiro.

O quilo do café subiu em 16 capitais, tendo queda apenas em São Paulo, onde o preço caiu 3,86%. As maiores altas foram em Goiânia (7,77%), Vitória (5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%).

Já o óleo de soja aumentou em 15 capitais, sendo a maior alta em Curitiba (2,98%). Em Fortaleza e João Pessoa o produto teve queda de 0,86% e 0,42% respectivamente.

Em fevereiro de 2022, o tempo médio de trabalho  necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 11 minutos, maior do que o registrado em janeiro pelo Diesse, de 112 horas e 20 minutos. Em fevereiro de 2021, a jornada necessária foi calculada em 110 horas e 22 minutos. 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2022, 56,11% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, mais do que em janeiro, quando o percentual foi de 55,20%. Em fevereiro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,23%.

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