Economia
Alimentos e bebidas ficaram mais caros em abril no Paraná

Alimentos e bebidas ficaram mais caros em abril no Paraná

Todos os municípios que compõem o Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR) registraram aumento de 0,93% ao longo do mês

Ana Flavia Silva - quarta-feira, 10 de maio de 2023 - 15:27

Os alimentos e bebidas ficaram mais caros no Paraná em abril. Todos os municípios que compõem o Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR) registraram aumento de 0,93% ao longo do mês. Entre os itens que tiveram as maiores altas estão o tomate (24%), a batata-inglesa (18%) e o leite integral (3%).

Segundo o coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Marcelo Antônio, as altas estão relacionadas ao período de transição de safra. “As fases de colheita e comercialização da primeira safra estão próximas do fim, enquanto na segunda safra esses mesmos procedimentos ainda são incipientes, gerando, dessa forma, uma restrição na oferta desses produtos ao consumidor e aumento de preços”, disse.

Por outro lado, houve queda nos preços da maçã (-5,11%), laranja pera (-5,55%) e, a maior de todas, de óleo de soja (-6,77%), também decorrente de fatores agrícolas. “A redução de preços do óleo de soja tem relação com o avanço na colheita de soja, que tem apresentado uma boa produtividade”, afirma Marcelo Antônio.

Na comparação com abril de 2022, quando o IPR chegou a 3,77%, também há uma diminuição.
 

ACUMULADO TEM BAIXA

Nos últimos 12 meses também houve queda contínua. O IPR acumulado entre maio de 2022 e abril de 2023 foi de 4,63%, frente ao acumulado de 12 meses calculado em março de 7,57%.  

Nesse mesmo período, os principais produtos que apresentaram altas foram, segundo o coordenador do Ipardes, os alimentos industrializados como biscoito e maionese, refletindo o impacto dos preços de insumos como o trigo e o ovo. O biscoito teve um aumento nos últimos 12 meses de 35,87%, seguido de ovos de galinha (23,17%) e maionese (19,24%). Em sentido oposto, a redução maior se deu com o óleo de soja (-28,56%), batata-inglesa (-23,01%) e tomate (-20,93%).

Regionalmente, Maringá alcançou o índice de 5,82% no acumulado, também o maior entre as áreas analisadas, seguida por Londrina (5,77%) e Cascavel (4,60%).

INDICADOR IPR

Para calcular o IPR, o Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.

Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.
 

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